SEXO ORAL NA ESCOLA MUNICIPAL EM PALMAS-ALUNA DE 14 ANOS DENUNCIA O INCENTIVO A PRÁTICA DE SEXO ORAL E ANAL PARA CRIANÇAS
Aluna de Palmas denuncia aula de sexo oral e ideologia de gênero durante palestra
Pais estão chocados com o relato da menina de 14 anos que foi exposta a este tipo de conteúdo
20 de novembro de 2017
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Da Redação JM NotíciaEscola ETI Anísio Spídola Teixeira foi palco de uma palestra sobre sexualidade que chocou crianças e seus pais
Uma aluna da Escola de Tempo Integral Anísio Spínola Teixeira denunciou através de uma carta o que aconteceu na última terça-feira (14) durante a palestra sobre sexo que foi promovida pela Fundação Municipal da Juventude de Palmas.
Shirley da Silva Pires, de 14 anos, revelou que antes da palestra sobre sexualidade outros dois temas foram tratados: tecnologia e drogas. Mas o que chamou atenção dela mesmo foi a forma que a palestrante sobre sexologia abordou o tema.
“Quando a palestrante que abordou o tema sobre sexo ficou com a palavra, ela chamou um menino para ir à frente, pois iria fazer umas demonstrações, o menino ficou constrangido e não querendo ir, mesmo assim ela foi até ele e pegou-o pelo braço e levou a frente”, diz a adolescente.
Segundo Shirley foi com este menino que a palestrante demonstrou a prática de sexo oral, colocando uma camisinha do dedo do garoto e depois lambeu simulando o ato.
Mas as demonstrações sobre sexo para alunos de 11 a 14 anos não pararam por aí, a mesma palestrante chamou outras crianças, duas meninas, exatamente. Em uma delas ela ensinou como colocar camisinha feminina. E com a terceira criança ela ensinou “como pagar boquete”, que seria sexo oral em mulheres.
“Nesse momento a palestrante rasgou com os dentes os lados da camisinha feminina e colocou na mão da menina, simulando uma vagina, e explicou que quem gostasse de pagar boquete (termo utilizado por ela) que o fizesse com a camisinha, porque nem sempre se sabe onde está colocando a boca, ainda acrescentou que poderíamos utilizar sabores para melhorar o gosto”, relatou a adolescente.
A história sobre o gel lubrificante também foi comentada pela jovem, Shirley. “A palestrante fez uso de um gel lubrificante que segundo ela servia para passar no bumbum e não sentir dores no sexo anal”, completou.
Ensino da ideologia de gênero
A jovem ainda falou que durante a palestra foi ensinado a eles sobre ideologia de gênero, tema rejeitado em dezembro de 2015 pela Câmara Municipal, mas que a gestão atual tem tentado incluir no currículo escolar.
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Segundo a aluna, foi mostrado aos presentes fotos de pessoas se beijando, foto de mulheres tirando a roupa, desenhos de crianças olhando para suas partes íntimas e então a palestrante abordou o tema ideologia de gênero.
“A partir desses desenhos ela afirmou que nós não temos sexo definido e que só iremos escolher se seremos homem ou mulher após os 18 anos de idade, o que meu causou ainda mais espanto”.
A adolescente declarou na carta que tudo que foi mostrado não é certo para a idade dela e ainda vai contra tudo o que sua família lhe ensinou. “Sou uma menina de 14 anos e não foram meus pais que me disseram, eu sei que sou uma menina”.
Pais ficaram espantados
O JM Notícia entrou em contato com os pais de Shirley, Raimundo Pires da Silva confirmou que a carta foi escrita por sua filha. Primeiramente ela escreveu a mão, mas ele a incentivou a digitalizar o documento.
“Eu pedi para ela me contar e ela ficou envergonhada, então pedi para ela escrever e depois pedi para ela digitar”, declarou o pai bastante assustado com os relatos da filha.
“Nós sabemos que isso [ideologia de gênero] foi barrado no Congresso Nacional”, declarou o homem. “Ela ficou muito constrangida”, completou.
“Minha filha sabe que é uma menina não porque nós ensinamos, mas porque ela é, sabe o que é e gosta de ser menina”, disse Raimundo.
Vereadores se pronunciam contra a palestra
Ao longo da semana passada, quando a palestra foi divulgada na imprensa local e nas redes sociais, diversos vereadores se pronunciaram contra o que aconteceu na ETI Anísio Spínola Teixeira.
O vereador Filipe Martins se revoltou contra o que ouviu. “É um comportamento inadmissível dentro das escolas, é aberração”, declarou. “Eu não concordo. Eu tenho um filho de 10 anos de idade e não aceito isso e creio que toda família de Palmas também não aceita. Que seja averiguado o que aconteceu e que as pessoas responsáveis sejam punidas”, completou.
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O vereador Lúcio Campelo, por sua vez, prometeu encontrar os responsáveis e puni-los. “Vamos buscar a responsabilidade na escola, na Secretaria de Educação e na gestão do prefeito Carlos Amastha”.
Diogo Fernandes também teve acesso a denúncias de pais de alunos da ETI e se comprometeu a pedir uma audiência pública para avaliar o que aconteceu na escola durante a palestra. “Achei um absurdo o que foi relato pelos pais. Isso é inadmissível e deve ser apurado”, declarou.
Quem também comentou o caso foi o vereador Milton Neris que é contra o debate sobre assunto sexuais para crianças. O aluno vai à escola para aprender sobre disciplinas como matemática e geografia, desde as séries iniciais até final. Tenho filhos nessa faixa de idade e o objetivo primordial da escola é a educação pedagógica e não ensinar crianças em como fazer sexo”, afirmou.
Isso é crime, diz psicóloga Marisa Lobo
A psicóloga Marisa Lobo afirmou durante entrevista ao JM Notícia que o caso ocorrido na Escola de Tempo Integral Anísio Spínola Teixeira é um crime:
“Isso é crime, estão cooptando os jovens, nossas crianças para orgias, isso não é normal. Foram vulgar, isso está claro que é uma perversão sexual, isso é uma tentativa de alguns se satisfazem sexualmente”, disse Marisa Lobo.
Fundação Municipal da Juventude de Palmas defende palestra
A Fundação Municipal da Juventude de Palmas, responsável pelo projeto “E Agora” declarou por meio de uma nota que as palestras já foram feitas em outras escolas da cidade com o objetivo de falar sobre sexo, tecnologia e drogas de uma forma leve e descontraída.
“Os conteúdos drogas, tecnologia e sexologia explanados durante os eventos, são resguardados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que reafirma a necessidade de levar informação aos adolescentes e jovens, sendo esse o enfoque principal realizado dentro do projeto”, diz a fundação que realiza as palestras em parceria com a Secretaria Municipal da Educação.
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