‘Rio definha e criminosos se empapuçam’, diz procurador Carlos Alberto Gomes de Aguiar, do MPF, falou sobre a Operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar a cúpula da Alerj
‘Rio definha e criminosos se empapuçam’, diz procurador
Carlos Alberto Gomes de Aguiar, do MPF, falou sobre a Operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar a cúpula da Alerj
Por Estadão Conteúdo
access_time14 nov 2017, 14h11 - Publicado em 14 nov 2017, 13h18
more_horiz
O presidente da Alerj, Jorge Picciani, é um dos alvos da operação da PF (YASUYOSHI CHIBA/AFP)
O procurador do Ministério Público Federal, Carlos Alberto Gomes de Aguiar, disse que “enquanto o Rio de Janeiro definha” os alvos da operação Cadeia Velha “se empapuçam com dinheiro da corrupção”. A declaração foi dada durante coletiva na Polícia Federal (PF), nesta terça-feira 14, sobre a Operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) e outras dez pessoas por corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O procurador afirmou ainda que “a organização criminosa está em franca atividade” e que, por isso, foi pedida a prisão preventiva de empresários de ônibus. “Isso foi feito porque, mesmo depois de todas as operações, eles seguiram repassando propina, o que fizeram foi apenas mudar a forma. Se outrora era através do pagamento em espécie, agora era por meio de simulacros”, disse.
PUBLICIDADE
“Por isso, era fundamental exercer atividades econômicas para a ocultação desses valores. O Picciani realiza atividades com gado, que é altamente suscetível a lavagem de dinheiro”, continuou o procurador, referindo-se à empresa da família Picciani, Agrobilara, já citada em várias investigações.
Veja também
PolíticaAlerj derruba veto e autoridades serão revistadas em prisõesquery_builder5 out 2017 - 10h10
BrasilLava Jato: Filho de Jorge Picciani é preso pela Polícia Federalquery_builder14 nov 2017 - 07h11
Aguiar disse também que os parlamentares “multiplicaram por várias vezes o seu patrimônio”. “O poder público está reagindo ao crime organizado. Temos absoluto respeito à atividade parlamentar e até por isso entendemos que esses personagens sejam retirados da vida pública, sendo aplicadas as devidas penas legais”.
Segundo o procurador, “a atuação do atual presidente da Alerj advém de longa data. É uma relação que inevitavelmente foi financiada com dinheiro da corrupção, a ponto de favorecer os poucos que se prestavam a entregar dinheiro proveniente de contratos públicos”. Carlos Alberto disse ainda que “essa organização criminosa é a mesma da qual fez parte o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e os conselheiros do Tribunal de Contas que estão sendo investigados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)“.
Comentários
Postar um comentário
TODOS OS COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS.MAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ESCREVE!