Propina no Rio de Janeiro era paga dentro do Palácio Guanabara Segundo delator, o ex-secretário Regis Fichtner recebia o dinheiro na sede do governo


Propina no Rio de Janeiro era paga dentro do Palácio Guanabara
Segundo delator, o ex-secretário Regis Fichtner recebia o dinheiro na sede do governo
Por Hugo Marques

Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro (Divulgação/VEJA)

O então secretário da Casa Civil do governo de Sérgio Cabral, Regis Fichtner, recebia as propinas dentro do Palácio Guanabara, sede oficial do governo, conforme revelou o delator Luiz Carlos Bezerra. Pelos cálculos da contabilidade paralela do delator, os pagamentos de propina ao ex-secretário somaram 1.560.000,00.

Em sua decisão, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara da Justiça Federal do Rio, incluiu trechos do depoimento do delator. Além de “entregas” de propina dentro do Palácio Guanabara, parte do dinheiro era levado para o escritório de advocacia Regis Fichtner, localizado no Jockey Clube, no Centro do Rio. Veja trecho da decisão do juiz Marcelo Bretas:




Trecho da decisão do juiz Bretas: propina entregue no palácio (Divulgação/Divulgação)

Entre os atos considerados suspeitos praticados na gestão de Secretário da Casa Civil, Fichtner autorizou a compensação de precatórios no valor de 74 milhões de reais à empresa Telemar Norte-Leste, cuja advogada era a primeira-dama, Adriana Ancelmo. Fichtner contratou a empresa Líder Táxi Aéreo, por 3,4 milhões de reais e com pagamentos posteriores que somaram mais de 10 milhões de reais. O advogado da Líder era o próprio Fichtner.

O secretário também concedeu benefícios fiscais de 683 milhões de reais à Thyssenkrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico e de 583 milhões de reais à White Martins Gases, empresas que eram assessoradas pelo escritório Fichtner, Fichtner, Mannheimer, Horta e Perez Advocacia e Consultoria.

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