POLITICOS CRIMINOSOS DESTROEM O RIO DE JANEIRO- ‘Rio definha e criminosos se empapuçam com dinheiro público’, diz procurador
‘Rio definha e criminosos se empapuçam com dinheiro público’, diz procurador
Estadão Conteúdo14.11.17 - 12h17 - Atualizado em 14.11.17 - 12h42
O procurador do Ministério Público Federal, Carlos Alberto Gomes de Aguiar, disse que “enquanto o Rio de Janeiro definha” os alvos da operação Cadeia Velha “se empapuçam com dinheiro da corrupção”. A declaração foi dada durante coletiva na Polícia Federal, nesta terça-feira, 14, sobre a operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) e outras dez pessoas por corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
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O procurador afirmou ainda que “a organização criminosa está em franca atividade” e que, por isso, foram pedidas as prisões preventivas de empresários de ônibus. “Isso foi feito porque, mesmo depois de todas as operações, eles seguiram repassando propina, o que fizeram foi apenas mudar a forma. Se outrora era através do pagamento em espécie, agora era por meio de simulacros”, Disse.
“Por isso, era fundamental exercer atividades econômicas para a ocultação desses valores. O Picciani realiza atividades com gados, que é altamente suscetível a lavagem de dinheiro”, continuou o procurador, referindo-se a empresa da família Picciani, Agrobilara, já citada em várias investigações.
Aguiar disse também que os parlamentares “multiplicaram por várias vezes o seu patrimônio”. “O poder público está reagindo ao crime organizado. Temos absoluto respeito à atividade parlamentar e até por isso entendemos que esses personagens sejam retirados da vida pública, sendo aplicadas as devidas penas legais”.
“A atuação do atual presidente da Alerj advém de longa data é uma relação que inevitavelmente foi financiada com dinheiro da corrupção, a ponto de favorecer os poucos que se prestavam a entregar dinheiro proveniente de contratos públicos. Identificamos que essa organização criminosa é a mesma da qual fez parte do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e os conselheiros do Tribunal de Contas que estão sendo investigados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, afirmou.
COMANDO HORIZONTAL
O superintendente da Polícia Federal no Rio, Jairo Souza da Silva, disse que “não há um chefe mor mas um comando horizontal da grande confraria do crime organizado do Rio”. A declaração foi dada durante coletiva na Polícia Federal, nesta terça-feira, 14, sobre a operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) e outras dez pessoas por corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
“Esta organização foi mantida por membros do Executivo, do Legislativo e empresários, principalmente da construção civil e da Fetranspor. O Rio vem sendo saqueado por esse grupo há mais de uma década, resultando na falência moral e financeira do Rio, nos salários atrasados do funcionalismo público, na polícia sucateada e na violência que nos agonia todos os dias. Essa confraria deve responder por todos os danos já causados ao Rio de Janeiro e toda a população”, disse o superintendente.
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