PMs que balearam delegado deixam cela de quartel e vão responder em liberdade Os quatro Policiais Militares envolvidos na operação já foram soltos. Juíza negou o pedido da defesa para que o processo fosse julgado pela Justiça Militar.


PMs que balearam delegado deixam cela de quartel e vão responder em liberdade

Os quatro Policiais Militares envolvidos na operação já foram soltos. Juíza negou o pedido da defesa para que o processo fosse julgado pela Justiça Militar.




Por G1 Tocantins

14/11/2017 19h03 Atualizado há 2 horas




Delegado foi baleado em Guaraí (Foto: Divulgação)



Os quatro policiais militares que balearam um delegado da Polícia Civil após confundi-lo com um criminoso em Guaraí, na região central do Tocantins, vão responder ao processo em liberdade. A decisão é da juíza Célia Regina Regis, que entendeu que não há risco dos militares interferirem no andamento da investigação. Ela negou o pedido da defesa dos PMs para que o caso fosse transferido para à Justiça Militar.


A defesa dos militares Frederico Ribeiro dos Santos, João Luiz Andrade da Silva, Thiago Mariano Duarte Peres e Cleiber Levy Gonçalves Brasilino informou que eles já foram soltos e que devem voltar ao trabalho normalmente. Os advogados informaram ainda que vão recorrer da parte da decisão que manteve o processo na Justiça comum, já que no entender deles "Os militares estavam a serviço do Estado, trabalhando quando tudo aconteceu".


A operação que resultou na confusão foi no dia 28 de outubro. Durante as buscas por uma quadrilha que assaltou um carro-forte na BR-153. Os PMs acabaram confundindo o delegado Marivan da Silva Souza, de Colmeia, com um criminoso. Marivan foi baleado três vezes e acabou perdendo parte da orelha.



Delegado perdeu parte de uma orelha após ser baleado (Foto: Divulgação/Polícia Civil)


Duas investigações independentes foram abertas para apurar o caso. Uma pelo Comando Geral da PM e outra pela Secretaria de Segurança Pública. O episódio gerou uma crise entre as polícias do Tocantins. Durante entrevista, o então chefe da Polícia Militar, Coronel Glauber de Oliveira Santos, chegou a dizer que a abordagem foi "padrão". Após o caso, ele foi tranferido para a Secretaria de Cidadania e Justiça.

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