Final de semana terá ‘largada’ de candidaturas alternativas PCdoB, Novo e PSC devem reforçar a escolha de nomes próprios para disputar o Planalto; Podemos confirma Alvaro Dias de olho em aliança com Marina Silva
Final de semana terá ‘largada’ de candidaturas alternativas
PCdoB, Novo e PSC devem reforçar a escolha de nomes próprios para disputar o Planalto; Podemos confirma Alvaro Dias de olho em aliança com Marina Silva
Por Estadão Conteúdo
access_time17 nov 2017, 12h00
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Pré-candidatos à Presidência: deputada estadual Manuela D'Avila (PCdoB), empresário João Amoêdo (Novo) e presidente do BNDES Paulo Rabello (PSC) (Marcelo Bertani/Agência ALRS - Lailson Santos/Dedoc - Wilson Dias/Agência Brasil)
Foi aberta a temporada de lançamentos de candidaturas “alternativas” à Presidência. O PCdoB, o Novo e o PSC vão anunciar oficialmente, neste fim de semana, seus pré-candidatos ao Planalto em 2018.
Nem os partidos nem os nomes que serão lançados – respectivamente, a deputada estadual Manuela D’Ávila, o empresário João Amoêdo e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro –, figuram em posições de destaque nas pesquisas de intenção de voto, mas procuram ganhar musculatura política a tempo da formação de palanques dos favoritos.
Manuela deve ganhar mais uma vez contornos de pré-candidata dos comunistas na convenção nacional do partido, que nunca lançou um nome próprio para o Planalto e desde 1989 faz alianças com as candidaturas do PT. Na reunião da legenda, dois pré-candidatos do campo da esquerda mais posicionados nas pesquisas devem cortejá-la para alianças: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).
Em entrevista a VEJA, a deputada negou a possibilidade de ser candidata a vice e acredita que os partidos estarão juntos no segundo turno. “Temos uma interpretação muito parecida com a do PT sobre o passado. Mas as saídas para a crise nós temos as nossas e eles têm as deles. Sim, a gente acredita que vai se encontrar no futuro. Mas achamos que esse futuro é o segundo turno das eleições”, afirmou.
Solução caseira
Depois de cogitar nomes de fora, como o apresentador Luciano Huck e o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), o Partido Novo ruma também para a candidatura própria. O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central no governo FHC, se filiou, mas não se animou para a disputa. Quem se coloca agora como candidato é o fundador do partido, o empresário João Amoêdo.
Amoêdo deixou a presidência do Novo para não descumprir a regra interna que proíbe dirigentes partidários de serem candidatos. Seu nome deve ser confirmado em um evento da legenda, em São Paulo, também nesse final de semana. E ele já ensaia seu discurso de candidato: “O estado não tem que perder tempo administrando empresa de petróleo”, afirmou, no Twitter, sobre a Petrobras.
Sem Bolsonaro
O PSC, partido ao qual ainda é filiado o deputado Jair Bolsonaro (RJ), passa distante do projeto presidencial do capitão da reserva. Enquanto o parlamentar espera o melhor momento para trocar a legenda pelo Patriotas (antigo PTN), os sociais-cristãos vão apresentar seu novo nome: o economista Paulo Rabello de Castro, hoje presidente do BNDES.
Filiado ao PSC desde outubro, Rabello é bem visto pelo mercado e vai estrelar o programa da sigla na próxima semana. Neste sábado, ele dará uma palestra em um encontro do partido, em Salvador. “O Brasil já desperdiçou inúmeras possibilidades de se desenvolver de forma sólida, gerando emprego, renda e dignidade à população”, afirmou ao site da legenda.
‘Não abrimos mão’
Nesta sexta-feira, o evento da filiação do ex-jogador Bebeto ao Podemos será mais uma oportunidade da legenda “apresentar” o senador Alvaro Dias (PR) como o presidenciável do partido. Desde que sua pré-candidatura foi lançada em julho, o parlamentar, que já foi governador do Paraná e já passou por partidos como PSDB, PDT e PV, já esteve em cinco estados acompanhando pré-candidatos aos governos locais.
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A presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), afirma que o partido tem conversado com siglas pequenas, como PRP e PTC, e médias, como a Rede, sobre alianças para 2018. “Estamos procurando fazer uma coligação majoritária. O conceito político do Podemos é muito parecido com o da Rede”, afirmou. Apesar de não ter lançado oficialmente uma chapa, o aliado desejado já tem nome para a Presidência: a ex-ministra Marina Silva, terceira colocada nas últimas duas disputas.
Sobre a possibilidade da legenda indicar um nome para compor uma das outras chapas já colocadas na disputa com a vice-presidência, Renata Abreu descarta completamente. “Nós, do Podemos, não vamos abrir mão da candidatura do Álvaro Dias, não vamos ser vice”, afirmou.
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