DELEGADO AFASTADO DA LAVA JATO DIZ QUE NÃO VOLTA ENQUANTO DAIELLO COMANDAR PF


Delegado afastado alfineta diretor da PF: ‘Lava Jato não pertence a burocratas’
Eduardo Mauat diz que não voltará à força-tarefa da operação enquanto Leandro Daiello foi o diretor-geral da corporação
Por João Pedroso de Campos
access_time7 jul 2016, 16h06
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Veja.com (Veja.com/VEJA.com)




Recém-afastado da força-tarefa da Operação Lava Jato, o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva criticou, em vídeo publicado pelo Movimento NasRuas na internet, os “burocratas” da PF e disse que, enquanto Leandro Daiello for o diretor-geral da corporação, ele seguirá fora da operação.
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“Meu planejamento era continuar lá até agosto para tentar encaminhar as demandas que estavam sob a minha responsabilidade. Então, enquanto o doutor Leandro for o diretor-geral, eu não vou retornar à Operação Lava Jato”, afirmou o delegado, que estava lotado no Rio Grande do Sul.

A PF informou na segunda-feira que, além de Mauat, substituiu os delegados Luciano Flores de Lima e Duílio Mocelin Cardoso, que também integravam o grupo de investigadores da Lava Jato, com o objetivo de “oxigenar” e “dar novo fôlego” à equipe. A informação, noticiada no fim de semana, levantou rumores de que as mudanças representariam uma espécie de interferência indevida sobre a Lava Jato.

Mauat encorajou os questionamentos da sociedade sobre “ingresso de pessoas ou a retirada de pessoas da equipe de investigação” e afirmou que “a Lava Jato não é uma operação que pertence a alguns burocratas que podem ‘oxigenar’ ou deixar de ‘oxigenar’ as pessoas que eles bem entenderem, na verdade é uma operação que pertence à sociedade”. O delegado também se disse “preocupado” com as condições de trabalho dos investigadores.

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