Comando do 7º BPM diz que não foi comunicado que PC estava com veículo abandonado por assaltantes

Comando do 7º BPM diz que não foi comunicado que PC estava com veículo abandonado por assaltantes

Major Presley ainda garantiu não ter escondido PMs no Quartel, como afirmou delegado Adriano Carrasco

RAIMUNDA CARVALHO, DA REDAÇÃO01 de Nov de 2017 - 07h31, atualizado às 08h41
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Foto: Divulgação
Marivan da Silva Souza foi atingido com três tiros disparados por policiais militares no sábado
Por meio de nota divulgada nessa terça-feira, 31, o comandante do 7º BPM, major Presley, contestou as informações repassadas pelo delegado regional de Guaraí, Adriano Carrasco, quanto à polêmica ocorrência que vitimou o titular da Delegacia de Colméia, Marivan da Silva Souza, 39 anos, atingido com três tiros disparados por integrantes do Batalhão de Choque (BPCHOQUE).

Na segunda-feira, 30, em entrevista concedida ao CT, Carrasco afirmou que veículo o SW4, placa PSM-3000, que estava em poder de Souza, era utilizado na investigação a roubo de carro forte, sendo visto por vários policiais militares, dentre eles o comandante do 7º BPM, major Presley.

Contudo, major Presley garantiu que não viu o veículo e tampouco esteve com Souza no dia da ocorrência. “Nesse sentido, afirmo categoricamente que em momento algum visualizei o referido veículo no teatro de operações e tampouco tive contato com o delegado Marivan no dia dos fatos, e ainda que o comando do 7º BPM não recebeu nenhuma comunicação oficial ou extraoficial de que a Polícia Civil estava na posse do veículo HILUX SW4 de placa PSM-3000, bem como de outros”, rebateu o comandante.

Segundo Carrasco, o veículo, abandonado por assaltantes a um banco em Itaporã do Tocantins, foi solicitado pela Polícia Civil (PC) ao Poder Judiciário e devidamente cautelado ao delegado Marivan da Silva Souza.

Ainda na entrevista, Carrasco informou que os militares envolvidos na ocorrência, Frederico Ribeiro dos Santos, João Luiz Andrade da Silva, Tiago Marinho Duarte Peres e Cleiber Levy Gonçalves Brasilino, foram escondidos e presos no quartel do 7º BPM. “Certamente em condições bem diferentes que presos preventivos comuns”, criticou Carrasco.

Major Presley afirmou que o delegado “foi infeliz também quando disse que os policiais foram se esconder no Quartel do 7º BPM”. “Eles se apresentaram para este oficial ainda no hospital, por ser naquele momento a maior autoridade de Polícia Judiciária Militar local, sendo comunicado e narrado os fatos, onde ordenei aos mesmos que deslocassem ao quartel, onde seria dado início os procedimentos de Polícia Judiciária Militar, pois havia indícios do cometimento de crime militar, uma vez que os policiais militares estavam devidamente escalados e no exercício de suas funções. Ressalto ainda sobre a prerrogativa que os policiais militares possuem em não serem presos nas mesmas condições de presos comuns, até porque a acusação que recai sobre os policiais militares trata-se de crime de natureza militar”, enfatizou o oficial.

Outra informação do delegado Carrasco na entrevista que o major Presley contestou é que até aquele o momento os militares envolvidos no episódio não tinham sido ouvidos pela Polícia Civil. “Destaco ainda que os policiais militares envolvidos nesta ocorrência não deveriam se apresentar para nenhum delegado, pois não compete à Polícia Civil apurar crimes de natureza militar", explicou o major.

Por fim, major Presley ressaltou que tem "o compromisso com a verdade" e quer por tudo que "os fatos sejam apurados com todo rigor e imparcialidade e sejam elucidados com a devida e justa solução”.

Entenda o caso
O delegado regional de Polícia Civil de Colméia, Marivan da Silva Souza, 39 anos foi atingingido com três tiros dado por policiais militares. Um dos tiros atingiu de raspão a cabeça, um segundo, na mão, e outro arrancou parte da orelha. O fato ocorreu no sábado, 28, por volta das 11 horas, em Guaraí.

Souza recebeu os primeiros socorros no Hospital Regional de Guaraí e foi transferido para uma unidade de saúde particular em Palmas.

Confira a a íntegra da nota do major Presley:

 "Em resposta à publicação feita no site informativo do Jornalista Cleber Toledo com o título: Polícia Civil nega versão sobre veículo usado por delegado ferido pela PM: "Informação não procede", o Comandante do 7o BPM Maj Presley afirma que foram inverídicas as afirmações do Delegado Adriano Carrasco, quando o mesmo afirmou que:

“...No dia anterior aos fatos (sexta-feira), o veículo estava sendo utilizado na investigação ao roubo ao carro forte, sendo visto por vários policiais militares, dentre eles o comandante do 7o BPM...”

Nesse sentido, afirmo categoricamente que em momento algum visualizei o referido veículo no teatro de operações e tampouco tive contato com o delegado MARIVAN no dia dos fatos, e ainda que o Comando do 7o BPM não recebeu nenhuma comunicação oficial ou extraoficial de que a Polícia Civil estava na posse do veículo HILUX SW4 de placa PSM-3000, bem como de outros.

Afirmo ainda que o Delegado foi infeliz também quando disse que os policiais foram se esconder no Quartel do 7o BPM, pois os mesmos se apresentaram para este Oficial ainda no hospital, por ser naquele momento a maior autoridade de polícia judiciária militar local, sendo comunicado e narrado os fatos, onde ordenei aos mesmos que deslocassem ao quartel onde seria dado início os procedimentos de Polícia Judiciária Militar, pois havia indícios do cometimento de crime militar, uma vez que os policiais militares estavam devidamente escalados e no exercício de suas funções.” Destaco ainda que os policiais militares envolvidos nesta ocorrência não deveriam se apresentar para nenhum delegado, pois não compete à Polícia Civil apurar crimes de natureza militar.

Quanto a crítica que o delegado fez que os militares estavam presos no Quartel do Comando Geral: “Certamente em condições bem diferentes que presos preventivos comuns”, ressalto sobre a prerrogativa que os policiais militares possuem em não serem presos nas mesmas condições de presos comuns, até porque a acusação que recai sobre os policiais militares, trata-se de crime de natureza militar.

Por fim, o Maj Presley ressalta que tem o compromisso com a verdade e quer por tudo que os fatos sejam apurados com todo rigor e imparcialidade e sejam elucidados com a devida e justa solução. 

Ressalta ainda que confia no profissionalismo da Corregedoria da Polícia Militar e que tentativas da Polícia Civil de atacar e denegrir a Instituição defendida por valorosos homens, que todos os dias arriscam suas vidas para defender a sociedade, só servem para enfraquecer as duas Instituições, pois muito acima da Polícia Militar e da Polícia Civil, está a sociedade a qual temos o dever de defender."

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