BRITO MIRANDA PROCURADO PELA POLICIA FEDERAL- ROUBO NA SAÚDE DO TOCANTINS-


PF investiga pai de governador por tráfico de influência na Secretaria de Saúde

Conforme investigações, empresas recorreram a José Edimar Brito Miranda para receber dívidas do governo. Investigações começaram após prisão de empresários.




Por G1 Tocantins

07/11/2017 18h13




Brito Miranda é pai do governador do Tocantins (Foto: Divulgação)



Aoperação Marcapasso, da Polícia Federal, revelou a existência de um esquema de tráfico de influência para liberação de pagamentos dentro da Secretaria de Estado da Saúde. Entre os investigados está José Edimar Brito Miranda, pai do governador Marcelo Miranda (PMDB). Ele teria usado influência para liberar o pagamento de R$ 1,6 milhões para a empresa Cardiomed em 2015.


A empresa tem como sócios os empresários Antônio Bringel Gomes Júnior e Cristiano Maciel Rosa. Eles foram presos em 2016 pela Polícia Federal, durante investigação sobre adulteração da validade de produtos utilizados em cirurgias cardíacas no Hospital Geral de Palmas.


Os dois fizeram acordo com a Justiça e delataram um esquema de corrupção, fraude e superfaturamento na compra de órteses, próteses e materiais especiais de alto custo para o sistema de saúde.


Conforme consta na decisão pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas, que autorizou a operação Marcapasso, a Cardiomed recorreu a Sônia Vieira, que seria assessora de Brito Miranda, para receber R$ 1,6 milhões do governo do Tocantins.


Ao Ministério Público Federal, Brigel disse que a lobista Sônia Vieira foi indicada “como urna pessoa com trânsito livre na Sesau e que poderia ajudar a Cardiomed no recebimento desses créditos.”


Após encontros com a mulher, Brigel disse ter sido levado até Brito Miranda, que por sua vez “afirmou que intercederia junto à Sesau para que houvesse o pagamento dos créditos detidos pela Cardiomed.”


Após a ajuda de Sônia Vieira e Brito Miranda, a empresa recebeu R$ 1 milhão. Em razão disso, o valor de R$ 100 mil foi pago à assessora como propina. Para dar aparência de legalidade ao pagamento, um contrato de consultoria foi feito entre eles.


A Justiça determinou mandado de condução coercitiva, busca e apreensão e proibição de circular pelos órgãos do governo do estado contra Brito Miranda e Sônia Vieira, para verificar se houve tráfico de influência em outras ocasiões.



Por telefone, o advogado de Brito Miranda disse que mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa e escritório do cliente durante o dia, mas ainda não teve acesso ao inquérito e a decisão, e não tem como se manifestar neste momento. O G1 ainda tenta contato com Sônia Vieira.


O Governo do Tocantins disse que os órgãos da administração estadual estão colaborando com a investigação. Sobre o envolvimento de médicos e outros servidores públicos no esquema, a Secretaria da Comunicação afirma que vai esperar o fim das investigações para tomar as providências em relação àqueles que, por ventura, tiverem a participação comprovada.



Polícia Federal cumpre mandados em Palmas durante a operação Marcapasso (Foto: Nathália Henrique/G1)


Entenda


Cerca de 330 policiais federais cumprem mandados judiciais, sendo 12 mandados de prisão temporária, 41 de condução coercitiva contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão nos estados do Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas.


Segundo a PF, a investigação começou quando os sócios da empresa Cardiomed foram presos em flagrante por terem fornecido à Secretaria Estadual de Saúde produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais que estavam com prazos de validade de esterilização vencidos



Ainda conforme a PF, depois das prisões foi descoberto um esquema de corrupção destinado a fraudar licitações do Estado do Tocantins, por meio do direcionamento de licitações.


As investigações apontam que o esquema beneficiava empresas, médicos e empresários do ramo, e ainda funcionários públicos da área de saúde. Ainda conforme a PF, depois das prisões foi descoberto um esquema de corrupção destinado a fraudar licitações do Estado do Tocantins, por meio do direcionamento de licitações.


As pessoas investigadas poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, associação criminosa, dentre outros.


O nome da operação faz alusão a um dos itens mais simbólicos e conhecidos da área de cardiologia, o marca-passo. A polícia disse que esse era um dos equipamentos que integravam editais “fraudados” nas licitações.

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