A oração que o Vaticano criou para proteger os internautas Num momento em que anônimos e famosos estão sujeitos ao maior e mais implacável tribunal da História, orações serão bem-vindas até pelos que não creem


A oração que o Vaticano criou para proteger os internautas
Num momento em que anônimos e famosos estão sujeitos ao maior e mais implacável tribunal da História, orações serão bem-vindas até pelos que não creem
Por Maicon Tenfen
access_timePublicado em - 13 nov 2017, 07h30
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Exemplo de linchamento virtual: não houve santo nem reza que pudessem livrar a cara de William Waack (Zé Paulo Cardeal/TV Globo)

Outro dia falamos dos 500 anos da Reforma Protestante e da instituição do luteranismo na Alemanha, um culto cristão que dispensou a intercessão dos santos e reduziu os sacramentos a dois essenciais: batismo e eucaristia.

Hoje vamos levantar um tópico sobre o catolicismo, que não abandonou os demais sacramentos e continua valorizando a presença dos santos no cotidiano dos fiéis.
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— Puro politeísmo! — dizem os críticos. — Se a maior religião do Ocidente cultua o Deus único e verdadeiro, o que essa multidão de deuses coadjuvantes está fazendo nas igrejas?

Na realidade, a ritualização politeísta é mais do que compreensível numa religião que nasceu no seio do Império Romano.

Outro dia, numa missa transmitida pela TV, o povo inteiro se esqueceu da cruz para louvar uma criança vestida de Virgem Maria, exatamente como os romanos faziam com Vênus, Marte ou Netuno.

Isso não é uma crítica, pelo contrário: se hoje a palavra de ordem é “multiculturalismo”, não se pode negar que a Igreja Católica esteve à frente do seu tempo, ainda que tenha negado ou repelido o conceito através dos séculos.

Por mais que os padres insistam na cantilena do monoteísmo — usando toda a sorte de justificativas para a presença de São Isso e São Aquilo na liturgia —, os fiéis nunca vão dispensar a proteção dos seus santos padroeiros.

A propósito, existe padroeiro para tudo, até para a internet e os internautas.

É o caso de Santo Isidoro de Sevilha.

Bispo influente em sua época, Santo Isidoro viveu entre 560 e 636 da Era Cristã. Autor de muitos livros, era dono de um conhecimento enciclopédico incomparável, daí a identificação do seu nome com a web.

O Vaticano recomenda que, antes de usar a internet, os fiéis façam a seguinte oração:

Deus eterno e todo poderoso, que nos criou à sua imagem e semelhança e nos fez procurar tudo que é bom, verdadeiro e belo, especialmente na divina pessoa de Seu Filho unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, permita-nos que, através da intercessão de Santo Isidoro, bispo e doutor, durante nossas jornadas pela Internet nós dirijamos nossas mãos e olhos apenas ao que é agradável a Vós e tratemos com caridade e paciência todas as almas que encontrarmos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Será que funciona?

Cada um que creia no que quiser, mas nos dias de hoje, quando anônimos e famosos são sumariamente linchados nas redes sociais, toda forma de proteção será bem-vinda. Se você ainda não foi julgado pelo tribunal da internet, saiba que isso pode acontecer a qualquer momento.

Assunto para o próximo post.

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