SAÚDE TERMINAL DE MARCELO MIRANDA-CORRUPÇÃO NA SAÚDE-Hospital Regional de Dianópolis atende com escala reduzida por falta de profissionaisApós a justiça dar prazo para esclarecimentos sobre irregularidades em hospital, SES-TO diz que problema é gerado por falta de adesão de médicos para atuar em Dianópolis
Hospital Regional de Dianópolis atende com escala reduzida por falta de profissionaisApós a justiça dar prazo para esclarecimentos sobre irregularidades em hospital, SES-TO diz que problema é gerado por falta de adesão de médicos para atuar em Dianópolis
13/10/2017 14:27:19 - Atualizada em 13/10/2017 15h24min Da Redação
Hospital Regional de Dianópolis Foto: Luciana Barros
A Justiça determinou um prazo de 10 dias, contados a partir da última terça-feira, 10, para que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) apresente por escrito as providências tomadas em relação à situação de irregularidades apontadas pelo Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM/TO) em fiscalização realizada no Hospital de Referência de Dianópolis. Em nota ao T1 Notícias, a pasta se manifestou sobre a falta de profissionais médicos na unidade.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), a decisão foi tomada na audiência de conciliação realizada na terça-feira, no Fórum de Palmas, com a participação da Promotora de Justiça da Saúde, Maria Roseli de Almeida Pery, e do Procurador do Estado, José Francisco de Araújo. Os problemas citados na audiência são alvo de Ação Civil Pública (ACP) ajuizada na última semana pela Promotora.
O CRM/TO apontou que parte dos profissionais médicos do Hospital são terceirizados pelo Instituto Elisedape (empresa não inscrita no CRM), que presta serviço para o Estado, no entanto, a falta de repasse por parte do Estado está atrasando o pagamento destes profissionais, inclusive os médicos pediatras só receberam no mês de julho os pagamentos referentes a janeiro, fevereiro e março.
Também foram citadas falhas na cobertura de plantões. O relatório aponta que no mês de agosto, 18 plantões teriam ficado descobertos, sendo que desde o mês de abril, a escala médica só contempla um médico no plantão, número considerado no relatório como inadmissível para um hospital de referência de porte II, onde o fluxo de atendimento é alto. “Além disso, quando há paciente de emergência, a assistência fica prejudicada, pois o médico sai do consultório para prestar atendimento a outro paciente”, destacou a Promotora.
Consta ainda que diante da escassez de médicos, a unidade apresenta um alto índice de transferência, do qual 80% diz respeito à obstetrícia e que as obras de reforma estão paralisadas desde 2009.
SES diz que regularizou parcialmente pagamento à empresa contratada
Em nota ao Portal T1 Notícias, a Secretaria de Estado da Saúde informou que ainda não foi notificada da decisão e que empenha todos os esforços para dispor de clínico geral diariamente no Hospital Regional de Dianópolis (HRD) e mantém aberto chamamento para contratação de médicos.
“Somente neste ano de 2017 já publicou três portarias (Portaria N 146 de 02/03/2017- DOE 4820; Portaria N 217 de 29/03/2017- DOE 4838; Portaria N 296 de 02/05/2017- DOE 4860) com chamamento para contratação de médicos que queiram atuar em unidades hospitalares do Estado, incluindo o Hospital Regional de Dianópolis (HRA). Os chamamentos foram publicados no Diário Oficial do Estado e publicizados nos meios de comunicação, mas infelizmente, não houve adesão de profissionais médicos para atuar em Dianópolis”, afirma a nota.
Escala reduzida
Ainda de acordo com a SES-TO, por conta dessa dificuldade enfrentada, o HRD conta atualmente com escala reduzida de profissionais: “somente no ultimo mês, 3 profissionais pediram exonerações”.
A secretaria defende ainda que fez parte dos pagamentos à empresa, que deve manter os atendimentos no hospital. “O cumprimento da escala médica é de responsabilidade do Governo do Estado e do Instituto ELISEDAPE LTDA através do processo de contrato 4437/2016, que desde 2016 presta serviço terceirizado ao Governo do Estado. Houve faltas no pagamento para empresa, mas a SES-TO informa que já regularizou parcialmente o pagamento e que irá notificar a empresa caso não cumpra com as cláusulas contratuais”.
Por fim, a SES-TO diz que a população de Dianópolis e região deve ficar tranquila, pois “utiliza acolhimento com classificação de risco, por isso todos os pacientes são orientados e acolhidos, avaliado o grau de necessidade de assistência em saúde e encaminhados, quando necessário para outras unidades da rede. Não ficando nenhum paciente do SUS sem assistência”.
Comentários
Postar um comentário
TODOS OS COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS.MAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ESCREVE!