Professora que educou índios na língua-mãe é a Educadora do Ano Elisângela Dell-Armelina Suruí criou material didático na língua paiter suruí para educar crianças indígenas e foi eleita a melhor professora do país


Professora que educou índios na língua-mãe é a Educadora do Ano
Elisângela Dell-Armelina Suruí criou material didático na língua paiter suruí para educar crianças indígenas e foi eleita a melhor professora do país
Por Marina Rappa
access_time31 out 2017, 21h54more_horiz

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8/8Elisângela Dell-Armelina Suruí, finalista do Prêmio Educador Nota 10 (Felipe Antonio Fotografia/VEJA.com)
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1/8Os alunos da classe multisseriada de 1º a 5º ano de Elisângela falam paiter suruí (Felipe Antonio Fotografia/VEJA.com)
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A professora Elisângela Dell-Armelina Suruí subiu ao palco do Prêmio Educador Nota 10 na noite de segunda-feira, 30, para receber o título de Educador do Ano, em evento realizado pela Fundação Victor Civita. Emocionada, disse “muito obrigada” ao público em paiter suruí – a língua materna dos índios da tribo nabekodabadakiba, em Rondônia. O gesto faz clara referência ao trabalho feito pela educadora com os pequenos índios da região.
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Nascida em Ji-Paraná, a aproximadamente 370 quilômetros de distância da capital de Rondônia, Elisângela foi trabalhar como voluntária na aldeia próxima a Cacoal, cidade do interior do estado. Isso foi suficiente para que, dezesseis anos depois, ela realizasse um importante projeto de alfabetização dos índios na língua-mãe das crianças da Escola Sertanista Francisco Meireles.



Durante o trabalho de ensinar aos pequenos a escrever e ligar palavras a objetos, Elisângela sentiu falta de um material que ensinasse o paiter suruí, já que os livros dados pelo governo eram em português. Surgiu assim a ideia de confeccionar um caderno de escrita e atividades com textos simples na língua-mãe das crianças, com figuras que pudessem ser coloridas e nomeadas. Tudo feito pelos alunos – que vão do 1º ao 5º ano.

“Eles se viram naquele livro. Em um dia, eles se questionavam sobre quem fazia aqueles livros bonitos que chegavam de tão longe para a escola deles e, em outro, eram os produtores do próprio conhecimento. Isso não tem preço”, conta a professora.

Agora, a melhor educadora brasileira espera que seu projeto seja levado adiante – e auxilie não apenas as aldeias que falem o paiter suruí, mas as outras que também possuem dificuldade de encontrar material de alfabetização nas línguas indígenas. “O caderno pode ser usado não apenas na minha aldeia, mas servir como molde para que outros professores consigam ensinar a língua materna aos alunos. Espero que, com o prêmio, isso sirva como referência”, afirma Elisângela após receber o troféu de Educador do Ano de 2017.

Conheça aqui o projeto completo de Elisângela e aqui os outros dez projetos premiados pelo Educador Nota 10.

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