Pai de estudante morto em atentado dentro de escola diz que sociedade tem que perdoar colega que atirou, em Goiânia





Pai de estudante morto em atentado dentro de escola diz que sociedade tem que perdoar colega que atirou, em Goiânia

Declaração foi dada durante o enterro de João Pedro Calembo. Além dele, outro menino morreu e quatro ficaram feridos.




Por Murillo Velasco e Paula Resende, G1 GO

21/10/2017 10h22 Atualizado há 2 horas






Pai de aluno morto a tiros dentro de escola espera que sociedade perdoe colega que atirou



O pai do estudante João Pedro Calembo, de 13 anos, morto a tiros dentro da escola em Goiânia, disse que perdoa, e espera que a sociedade também perdoe o adolescente que tirou a vida do filho dele e do colega de sala, João Vitor Gomes, também de 13 anos. Durante o velório, o publicitário Leonardo Marcatti Calembo pediu que todos os pais "cuidem de seus filhos".


"Meu filho era uma criança muito doce, muito especial. Nossa família é cristã, e ele sempre foi educado e pautado no respeito ao próximo. Os preceitos familiares estão perdidos na nossa sociedade, a gente tem que reforçar esses valores, e meu filho tinha tudo muito claro. Tudo isso poderia ser evitado", desabafou.



"Falo como pai do João Pedro, de uma criança que perdeu a vida. Eu espero que toda a sociedade e os pais dele e os outros pais o perdoem. Temos que perdoá-lo", disse, emocionado.




O corpo de João Pedro foi enterrado às 10h45, no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia. Durante a cerimônia a família fez orações e, por volta 9h, celebrou um culto em homenagem ao adolescente. Centenas de parentes, amigos e conhecidos da família e de colegas da escola participam da despedida.



João Pedro Calembo morre em ataque em escola de Goiânia (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)



O pai do menino disse ainda que as pessoas devem ter mais fé e passá-la aos seus filhos.


"A partir do momento que a gente tem esses valores fixos nas nossas casas, muitas respostas são encontradas para nossos problemas. Os problemas não resolvidos geram conflitos. A palavra bullying é nova, o assédio sempre aconteceu. A partir do momento que você não resolve o problema em casa, acontecem os conflitos", declarou.



Centenas de pessoas participam do velório de João Pedro Calembo (Foto: Murillo Velasco/ G1)


O corpo de João Vitor também foi enterrado nesta manhã, mas no Cemitério Jardim das Palmeiras. Segundo colegas da vítima, ele e o atirador eram amigos e andavam juntos com frequência.



Estudantes mortos em ataque dentro de escola aparecem em centro de foto da turma, em Goiânia (Foto: Arquivo Pessoal)





Tiros




Conforme a Polícia Civil, o adolescente de 14 anos atirou contra os colegas no fim da manhã de sexta-feira dentro da sala do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera. Os disparos aconteceram no intervalo entre duas aulas.


Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos disparos disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime. Filho de policiais militares, ele pegou a pistola .40 da mãe e levou para a unidade educacional.


“Ele ia matar todo mundo. Levou dois carregadores para a escola. Descarregou o primeiro, carregou o segundo, deu um tiro, mas foi abordado pela coordenadora. Ela o convenceu a travar a arma”, disse ao G1.


Funcionários da escola levaram o autor dos disparos para a biblioteca para aguardar a chegada dos policiais. Ele foi apreendido e levado para a Depai, onde contou que atirou primeiro contra João Pedro porque ele fazia bullying com o suspeito.



Seis passos básicos contra o bullying: veja do que alunos, pais e escolas precisam para combater a prática





Tragédia ocorreu no Colégio Goyases (Foto: Sílvio Túlio/ G1)




Escola




O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe) de Goiânia junto ao Conselho Estadual informou à TV Anhanguera, por meio de nota, na sexta-feira, que estão dando todo apoio à escola e aos parentes dos alunos da instituição.



Ainda conforme os órgãos, representantes foram até o colégio, conversaram com professores e direção e apuraram que o estudante autor dos disparos não apresentava comportamento suspeito. O texto destaca que as aulas no Colégio Goyases estão suspensas sem previsão de retorno.



Adolescente suspeito de efetuar disparos está apreendido (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)




O que se sabe até agora:




Veja a sequência dos fatos:



Colegas relatam que ouviram um barulho
Em seguida, os alunos viram o adolescente tirando a arma da mochila e atirando
Alunos correram para fora da sala de aula
O aluno descarregou um cartucho, carregou o segundo e deu um tiro, mas foi convencido pela coordenadora a travar a arma
Estudante foi levado para a biblioteca até a chegada dos policiais





Tiroteio em escola de Goiânia com idades de feridos (Foto: Arte/G1)




(Foto: Arte/G1)

TIROS EM ESCOLA DE GOIÂNIA


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