Mãe de atirador está internada após choque; pai tira férias da PM Menino de 14 anos que matou dois colegas a tiros em escola de Goiânia na sexta-feira está internado provisoriamente em delegacia
Mãe de atirador está internada após choque; pai tira férias da PM
Menino de 14 anos que matou dois colegas a tiros em escola de Goiânia na sexta-feira está internado provisoriamente em delegacia
Por Ricardo Chapola
Garoto que atirou e matou dois colegas em escola de Goiânia é conduzido por policiais (MARCOS SOUZA/VEJA.com)
A advogada Rosângela Magalhães, que defende o major pai do menino de 14 anos de idade que matou duas crianças de 13 anos a tiros no Colégio Goyases,em Goiânia, na sexta-feira, 20, disse nesta segunda-feira a VEJA que o episódio abalou profundamente a família. De acordo com ela, o pai decidiu se afastar da Polícia Militar – vai tirar férias – e a mãe do garoto, que também é PM, ainda está internada após ter entrado em estado de choque ao saber do episódio.
“O major tem direito a férias. E já recomendamos a ele que as tire. É o melhor a ser feito agora”, afirmou a advogada. “Já a mãe, continua internada em uma clínica, porque ela ficou em estado de choque com o que ocorreu na sexta. O médico ainda não deu alta.”
Nesta segunda-feira, o major voltou à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) para formalizar o depoimento que já tinha dado na sexta-feira. Ele disse ao delegado que o filho nunca tinha comentado com a família que era vítima de bullying na escola. O major afirmou também, segundo a sua advogada, que a arma usada pelo menino no ataque ficava escondida e que o garoto jamais havia tido acesso a ela.
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O garoto autor dos disparos está internado provisoriamente na própria Depai, onde deve ficar por ao menos 45 dias, segundo decisão da Justiça. “O menino está abaladíssimo. Um dos mortos era amigo dele, né? Está difícil conversar com ele. Ele está sendo acompanhado por psicólogos na delegacia”, disse Rosângela.
De acordo com a defesa do major, o menino nunca passou por tratamento psiquiátrico, apenas por acompanhamento de psicólogos. Questionada sobre os motivos e desde quando, Rosângela negou a responder.
No depoimento que deu ao delegado na sexta-feira, o menino afirmou ter se inspirado no massacre de Columbine – que aconteceu em 1999, nos EUA – e no ataque em Realengo, em 2011, no Rio. Ele foi transferido nesta tarde para o Centro de Internação Provisória (CPI) de Goiânia.
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