LIVROS E SEITAS SATANICAS ESTÃO POR TRAS DE ASSASSINATOS COLETIVOS
GOIÁS
Adolescente suspeito de matar a tiros dois colegas sofria bullying, diz estudante
Menino de 14 anos é filho de policiais militares. Outros quatro adolescentes ficaram feridos.
Por Paula Resende, G1 GO
20/10/2017 13h40 Atualizado há 6 horas
Aluno é suspeito de matar duas pessoas dentro de uma escola particular em Goiânia
Filho de policiais militares, o adolescente de 14 anos suspeito de matar dois estudantes sofria bullying, segundo contou ao G1 um colega do Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental onde o tiroteio aconteceu, em Goiânia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, outros quatro alunos ficaram feridos.
"Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo", revelou o aluno.
Outra colega do 8º ano do ensino fundamental contou que o colega já tinha feito ameaças.
"Ele lia livros satânicos, falava que ia matar alguns dos colegas. Um dos garotos que foi morto falava que ele fedia e chegou a levar um desodorante para a sala", contou.
Ela relatou que, quando ouviu o primeiro disparo, não imaginou que fosse um tiro. "Pensei que eram balões estourando porque amanhã seria nossa feira de ciências. Depois, ouvimos o barulho novamente e alguém gritou 'é tiro'. Aí começou o desespero", contou.
Outra estudante disse à TV Anhanguera que ficou em pânico. Ela contou que todos saíram correndo da sala.
"Ele saiu dando tiro em todo mundo da sala. Eu segurei na mão da minha amiga e fui até a polícia. Não sabia o que fazer", relatou .
Adolescente suspeito de efetuar disparos está apreendido, em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Arma de uso da polícia
O tiroteio aconteceu durante o intervalo da quinta para a sexta aula, na sala do 8º ano, por volta do meio-dia. O coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz informou que o adolescente atirou com uma pistola de calibre .40, usada pela corporação. A arma pertence à mãe do estudante.
De acordo com a PM, assim que o atirador descarregou o cartucho, ele tentou recarregar a arma. Porém, o estudante foi convencido por uma coordenadora a travar a arma.
João Pedro Calembo morre em ataque em escola de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Vítimas
Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, de 13 anos, morreram no local. Os corpos dos dois estudantes foram retirados da escola por volta de 16h45 e levados para o Instituto Médico Legal (IML).
Já outros quatro alunos – três meninas e um menino – ficaram feridos e foram socorridos. Três deles estão no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e um foi levado ao Hospital de Acidentados.
Yago Marques – 13 anos - Foi atingido no tórax com menor gravidade e não precisou passar por cirurgia. Ele respira normalmente, está acordado, conversando e internado na enfermaria.
Isadora de Morais – 14 anos: Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo. Ela levou um tiro no tórax que perfurou o pulmão, passou por uma cirurgia para drenagem do tórax e está em estado grave, na UTI e respirando com ajuda de aparelhos. Ela ainda corre risco de vida.
Lara Fleury Borges – 14 anos - Está internada na enfermaria do Hospital dos Acidentados em estado estável e repirando espontaneamente.
Marcela Rocha Macedo – 13 anos - Ela também foi baleada no tórax, teve o pulmão esquerdo perfurado, passou por cirurgia e está internada na enfermaria. Paciente está consciente e respirando sem aparelhos.
O suspeito de disparar os tiros foi levado à sede da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e, em seguida, encaminhado para o IML. Após passar por exames de corpo delito, ele retornou à delegacia.
Escola
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe) de Goiânia junto ao Conselho Estadual informou à TV Anhanguera, por meio de nota, nesta sexta-feira, que estão dando todo apoio à escola e aos parentes dos alunos da instituição.
Ainda conforme os órgãos, representantes foram até o colégio, conversaram com professores e direção e apuraram que o estudante autor dos disparos não apresentava comportamento suspeito. O texto destaca que as aulas no Colégio Goyases estão suspensas sem previsão de retorno.
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