Gleidy Braga deixa secretaria de Cidadania e Justiça após divergências com governo Segundo ex-secretária, governo pretende descumprir duas decisões judiciais e por isso deixou o cargo. Saída da Umanizzare de presídios e contratação de temporários foram motivos.


Gleidy Braga deixa secretaria de Cidadania e Justiça após divergências com governo

Segundo ex-secretária, governo pretende descumprir duas decisões judiciais e por isso deixou o cargo. Saída da Umanizzare de presídios e contratação de temporários foram motivos.




Por G1 Tocantins

30/10/2017 22h34 Atualizado há 17 horas




Gleidy Braga deixou o governo (Foto: Carlos Eller / Secom)



A secretária Gleidy Braga deixou nesta segunda-feira (30) a Secretaria de Cidadania e Justiça. Segundo o governo, o pedido foi feito por ela em uma carta enviada ao governador Marcelo Miranda (PMDB). A exoneração foi publicada no Diário Oficial e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Glauber de Oliveira Santos vai assumir a secretaria de forma interina.


Em entrevista ao G1, Gleidy Braga negou que tenha pedido demissão devido a projetos políticos. A decisão teria sido tomada, após divergências com o governo em relação ao cumprimento de duas decisões judiciais.


A primeira tem relação com o encerramento do contrato com a Umanizzare, que administra dois presídios no estado, e cujo contrato termina no dia 30 de novembro. O segundo motivo é a contratação de temporários para unidades prisionais do estado.


Segundo a ex-secretária, a empresa não conseguiu entregar a Casa de Prisão Provisória de Palmas e o presídio Barra da Grota com condições estruturais adequadas. Por isso decidiu bloquear o pagamento de R$ 4 milhões dos R$ 20 milhões que a Umanizzare tem para receber.


Decisão que gerou divergências com o governo e a empresa.


O segundo motivo seria devido a contratação de temporários para atuar nas 44 unidades prisionais do estado. Isso porque uma decisão determina que até o dia 30 de novembro todos os contratados devem ser substituídos por servidores concursados.


"Tem unidades que precisam de no mínimo de 15 servidores, mas só tem cinco e mais cinco ou seis contratos. Uma decisão afirma que o governo terá que exonerar todos os contratos. Ainda em agosto apresentamos a necessidade de um novo curso de formação de forma rápida para garantir a nomeação o quanto antes do quadro. Precisa de pelo menos mais 400 servidores."


Diante das recusas do governo, a ex-secretária diz que preferiu deixar a secretaria. "É mais uma decisão judicial que o Estado tem pretensão de descumprir. Tivemos tempo suficiente para nos preparar, apresentamos uma estratégia, mas não tivemos uma resposta favorável. Para ficar na condição de gestora assim, eu prefiro deixa o governo à vontade para tomar essas decisões."





Novo secretário




O chefe da PM deve acumular as duas funções até que um novo secretário seja definido.


Em nota enviada pela Secretaria de Comunicação, o governador agradeceu "a dedicação e o comprometimento de Gleidy Braga que conduziu com responsabilidade a missão que lhe foi dada no âmbito da competência da secretaria, especialmente no quesito do sistema prisional."


Ainda conforme o governo, a determinação dada ao novo responsável pela secretaria é para que não exista descontinuidade de nenhuma das ações que estão sendo realizadas.

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