Amastha faz 3º pedido de suspeição contra conselheiro que investiga atos da prefeitura

Amastha faz 3º pedido de suspeição contra conselheiro que investiga atos da prefeitura

CLEBER TOLEDO, DA REDAÇÃO04 de Oct de 2017 - 18h16, atualizado às 18h19
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Foto: Montagem CT
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), protocolou no dia 25 um terceiro pedido de suspeição contra o conselheiro Alberto Sevilha, do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Conforme o blog apurou, os motivos apresentados são os mesmos dos outros dois de agosto.

CT teve acesso no dia 22 à argumentação do pessebista que acusa o conselheiro de “atuação parcial” contra o Paço por conta da exoneração do filho, Bruno Flávio Sevilha, do cargo de presidente do Instituto de Previdência Social de Palmas (PreviPalmas) em junho do ano passado. “Essa animosidade gerada em razão deste ato é de conhecimento público e notório”, anota o prefeito em um dos pedidos.

Amastha narrou no documento que, posteriormente à exoneração de Bruno Flávio, uma resolução da Corte indicou Alberto Sevilha como o responsável pela fiscalização de atos da Capital do Tocantins pelos anos de 2017 e 2018. “A partir desta designação que o presente ano tem se tornado o de maior fiscalização, parcial, de todos os atos da Prefeitura de Palmas, em especial, do prefeito. É manifesto, sem precisar fazer grande esforço de levantamento histórico, que tem sido o de maior atuação em cima de um gestor na história”, defendeu.

Em nota ao CT, Bruno afirmou que a saída da administração deveu-se a “incompatibilidade do cargo público com a advocacia privada”. “Devido a clientes exigirem acompanhamento pessoal”, acrescentou. O ex-presidente do PreviPalmas ainda indicou a existência de boa relação com Amastha. “Agradeço muito a oportunidade dada pelo prefeito e esclareço também que sempre tivemos um relacionamento cordial e de respeito”, disse na nota.

Entenda
Sevilha tomou várias decisões que contrariaram a gestão do prefeito Carlos Amastha.

É ele, por exemplo, o responsável pela suspensão total do Decreto 1.321 de 2016, que impediu a atualização em 25% a Planta de Valores da Capital. Com isso, o IPTU foi recolhido este ano sem reajuste.

Na sua decisão Sevilha foi duro e considerou a reposição uma “verdadeira aberração jurídica”. Disse também que Amastha indica ter uma sede por arrecadar “sem se preocupar com o bem-estar da população”. O conselheiro ainda afirmou que o ato foi editado para “satisfazer interesse ou sentimento pessoal” do gestor, falando, inclusive, em indícios de prevaricação.

Ele também relatou, em fevereiro, o caso do aerolevantamento de R$ 13 milhões, que o TCE mandou suspender. Em junho, considerou “vultoso" o valor que a prefeitura anunciou estar investindo no shopping a céu aberto, em Taquaralto — R$ 17 milhões —, e solicitou a documentação. Por fim, neste mês, Sevilha expediu despacho para cobrar do município uma série de documentos referentes à obra da Praça dos Povos Indígenas e da revitalização da orla.

No dia 1º de setembro, mesmo com o pedido de suspeição, Sevilha voltou a despachar no caso do Shopping a Céu Aberto, solicitando mais informações da administração da Capital.

Inicialmente os pedidos estavam sob sigilo no TCE, mas se tornou público por solicitação do próprio Sevilha.

O blog apurou que o conselheiro vai apresentar sua manifestação sobre o caso na próxima semana.

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