PROFESSORES REIVINDICAM SEUS DIREITOS
Professores mantêm ocupação na Câmara de Palmas; vereadores intermediam diálogo
Cerca de 200 professores de Palmas pernoitaram na Casa, e mais de 70 permanecem no plenário para buscar apoio dos vereadores
Após acalorada sessão na Câmara Municipal de Palmas, na manhã desta quinta-feira, 14, em que os vereadores defenderam a busca de diálogo e solução para a greve, os professores municipais de Palmas decidiram manter a ocupação na Casa. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet), 200 docentes pernoitaram na Casa, e 70 pessoas estiveram presente no plenário acompanhando a sessão. Em tom pacificador, o vereador José do Lago Folha Filho (PSD), presidente da Casa, informou que vai ajudar a intermediar o diálogo entre os grevistas e a prefeitura.
“A Câmara abriu as portas para o diálogo e vai buscar soluções junto à Prefeitura para solucionar o problema. Deixo meu compromisso de até segunda-feira (19) conseguir uma resposta para os professores. Não fugi com as minhas obrigações e não vou fugir. Cumprirei com aquilo que foi combinado com o presidente do Sintet, Fernando Pereira”, declarou o presidente da Casa, José do Lago Folha Filho (PSD).
A ocupação dos professores na Câmara iniciou nesta quarta-feira, 13 e não tem prazo definido para acabar. Em discurso na tribuna, vereadores de oposição como Junior Geo, Lúcio Campelo e Rogério Freitas ofereceram seus gabinetes para hospedar os grevistas. Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente regional do Sintet, Fernando Pereira informou que os professores decidiram permanecer na Câmara até conseguirem dialogar com o prefeito Carlos Amastha (PSB).
“Estamos buscando o diálogo. O executivo fala que as portas estão abertas, mas, na prática a secretaria da educação não tem autonomia para nada, só na parte pedagógica. As portas que estamos precisando que se abram são as portas que resolvem, por exemplo, a portas do grupo gestor, secretários e prefeito que insiste em não querer dialogar”, afirmou o Fernando Pereira, presidente regional do Sintet Palmas.
Greve ilegal
Em decisão emitida nesta quarta-feira, 14, a Desembargadora Etelvina ratificoua decisão anterior proferida pelo magistrado Zacarias Leonardo considerando a greve dos professores ilegal e pedindo a suspensão imediata da paralisação.
O representante da categoria, Fernando Pereira pontuou que todos os preceitos legais para deflagrar greve estão sendo cumpridos. “Realizamos uma assembleia ontem onde decidimos por unanimidade pela manutenção da greve. Essa decisão foi baseada em aspectos morais e legais. Seguimos todos os preceitos legais para poder decretar essa greve. Seguimos tudo estipulado pela lei de greve. A greve é legal. Nosso advogado já está tentando reverter essa decisão. A única parte que esta descumprindo a lei é a gestão municipal, quero saber o que a justiça justa vai fazer com o prefeito que não cumpre e não paga nosso direito”, avaliou.
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