Polícia abre inquérito sobre duplo homicídio; autor afirma que estava sendo ameaçadoSSP abre investigação para apurar o caso da morte de Sione Pereira e cunhado; autor dos disparos informou em seu depoimento que estava sofrendo ameaças
Polícia abre inquérito sobre duplo homicídio; autor afirma que estava sendo ameaçadoSSP abre investigação para apurar o caso da morte de Sione Pereira e cunhado; autor dos disparos informou em seu depoimento que estava sofrendo ameaças
15/09/2017 12:40:10 - Atualizada em 15/09/2017 12h55min Da Redação
Claudemir Luiz Ferreira, delegado geral informou que o caso será apurado T1 Notícias
A Polícia Civil do Tocantins abriu um inquérito para apurar o duplo homicídio ocorrido na madrugada desta sexta-feira, 15, que vitimou Sione Pereira de Oliveira, mãe da menina Laura, e Weliton Pereira Barbosa, cunhado de Sione. Em entrevista à imprensa na manhã desta sexta, 15, o delegado geral da SSP, Claudemir Luiz Ferreira, informou que até o momento apenas a versão de Robson Dante Gonzaga Santana, técnico em Defesa Social, autor dos disparos, foi apresentada, mas que diligências já estão sendo realizadas para a investigação do caso. O autor também afirmou em depoimento a polícia que vinha sofrendo ameaças por não aceitar suborno para deixar entrar droga no presídio, o que motivou-o a andar armado.
“O que temos por enquanto é a verão apresentada por ele. Obviamente nós temos que ouvir outras pessoas para ver se a versão dele bate com a das testemunhas. Ainda temos que avaliar as provas periciais também. Tudo isso ajudará a esclarecer o ocorrido. O sabemos até então é que ele recebeu uma pancada por trás na região da cabeça e caiu no chão e mesmo no chão continuou a ser agredido com cadeiras. Sua arma caiu e já no chão ele se arrastou, pegou a arma e efetuou os disparos, segundo ele, agindo em legítima defesa”.
Ainda durante a entrevista o delegado geral informou que segundo depoimento prestado à polícia, Robson vinha sofrendo ameaças e por conta disso já havia registrado um boletim de ocorrência em função da atividade que ele desenvolve no sistema prisional.
“Ele relatou que vem sofrendo ameaças desde o mês de julho porque ele recebeu uma proposta de suborno para permitir a entrada de drogas no presídio, como não aceitou passou a sofrer ameaças como retaliação. Ainda vamos apurar se a ocorrência tem relação com as ameaças que ele estava sofrendo", detalhou Claudemir.
O delegado também esclareceu que não haverá impunidade, mesmo o autor tendo se apresentado espontaneamente. “Já determinei diligências no local para ajudar na investigação. Não é porque ele se apresentou que haverá impunidade. Ele está solto por uma prerrogativa da lei por ter se apresentado espontaneamente à polícia e colaborou com a apuração dos fatos. Mas nada impede que no decorrer das investigações ele venha a ser preso, caso seja apurado que ele não agiu em legítima defesa. Temos que investigar”, avaliou.
Associação acompanha caso
Em nota enviada à imprensa a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Tocantins (ASSISPEN/TO) informou que está acompanhando o caso e ratificou que o servidor agiu em legítima defesa.
“A Associação ratifica que o servidor agiu em legítima defesa, ao utilizar os meios necessários para repelir as agressões INJUSTAS, e também ao ser surpreendido e atacado. Vale ressaltar que o técnico foi, primeiramente, golpeado na região da nuca e depois na cabeça, indo ao chão e, em seguida, sofrendo com os agressores sobre ele, sendo assim necessário o disparo da arma de fogo para sua defesa. A ASSISPEN informa ainda que a arma utilizada pelo servidor possui registro e que o mesmo tem porte de arma de fogo, informamos ainda que o Servidor se apresentou voluntariamente a Delegacia e prestou os devidos esclarecimentos. A associação continuará acompanhando a investigação junto à Delegacia de Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e perante a Corregedoria relacionada ao Sistema”.
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