O QUE PENSO -DEPOIS DA GREVE DOS PROFESSORES
DEPOIS DA GREVE
Os educadores são
considerados inimigos do estado porque pensam, porque educam e também são
educados.
A greve é como se fosse
o choro da criança contra os poderosos que a oprimem, pois lutar contra o poder
executivo, e poder judiciário, que vivem em berço esplêndido e se protegem, é
quase impossível.
Mas o impossível
acontece e se torna possível quando se luta por um dia e se torna bom, quando
se luta por um tempo e se torna forte, quando se luta o tempo todo e se torna
invencível.
A sociedade brasileira
ainda não aprendeu a usar sua força, seu poder e resiliência. As autoridades
ainda são hegemônicas e agem em bloco corporativista e seu inimigo comum é o
povo.
Fiquei sabendo ontem
que um ex-ministro da nação brasileira, que está preso, teve que tirar seus
netos de uma escola inglesa no Rio de Janeiro porque a fonte de sua riqueza, a
grana roubada da Petrobrás, secou.
O estado do Tocantins é
uma republiqueta miserável, que sempre fora dominada por coronéis ultrapassados
e violentos, disfarçados de políticos cristãos democráticos, estilo os cristãos
democráticos da Itália que quase destruíram os valores romanos. Foi necessário o
poder judiciário italiano que está um milhão de anos luz acima do STF do
Brasil, entrar na luta e destruir o esquema de corrupção política da Itália.
Em 30 anos de fundado o
Tocantins vive como se seu destino tivesse sido atrasado propositalmente 100
anos em 30, e seus velhos idealizadores continuam contando o vil metal em suas
casas e lutando contra a morte, mas querendo ainda voltar ao poder.
Palmas, a capital
chamada joia do cerrado, hoje é apenas a bijuteria do deserto escaldante. A
capital passou por tantas mãos sujas que se emporcalhou, e até o seu lixo era
vendido e comprado como diamante.
Depois de tantas
decepções e humilhações, corrupção e roubo, o povo de Palmas resolveu eleger um
colombiano falastrão, dançarino, voz cavernosa, milionário sem origem e muito
esperto e rancoroso, como prefeito de Palmas por duas vezes.
O colombiano
aproveitando a burrice do povo que o elegeu, tirou proveito da oportunidade do
cavalo encilhado, e se projetou para candidato a governador.
Amastha diz que é o
novo, que faz política nova, mas existem até criminosos digitais que trabalham
para ele e divulgam seu nome no submundo da comunicação.
O colombiano se diz o
novo e faz tudo de velho outra vez, ele copia a maldade dos antecessores, ele
multiplica atitudes nefastas de velhos políticos ditatoriais, ele é um asco
como Raul Filho.
Palmas sangra
vagarosamente, palmas chora lágrimas de sangue, a juventude alienada de Palmas
está sem rumo, não há emprego e renda, não existem indústrias nem fábricas, não
existem educação.
Quando tentaram copiar
o sistema de educação do professor Darcy Ribeiro, que projetou a escola
integral com qualidade, os gestores não tiveram responsabilidade nem foco na
educação, apenas criaram na mídia e no papel, mas a educação integral não
funciona nem mesmo na péssima qualidade da merenda escolar.
Os governos corruptos e tecnocratas quando percebem que tem
que respeitar a folha de pagamento, se desesperam e começam a elaborar projetos
secretos de roubo e pilhagem, maquiados de projetos de lei que beneficiarão o
povo e trarão progresso e felicidade para a população, tudo engodo.
Na realidade os
políticos não tem consciência moral, ética e respeito por quem lhe deu poder.
A recente greve dos
professores de Palmas, revelou o caráter e personalidade de Carlos Amastha, que
no teatro das negociações demonstrou que pensa como um Siqueira, como um
Hitler, que não negocia, não conversa, não cede nem respeita direitos adquiridos.
Foi necessário os
professores tomar de assalto a câmara de vereadores e deixar o presidente Folha
desesperado dizendo nas redes sociais que falta água numa caixa de 22 mil
litros, que não tem higiene nos banheiros, que o caos fora instalado, enquanto o
vereador Marilon Barbosa sabiamente, mesmo sendo de situação, abriu as portas
de seu gabinete aos professores e deixou até os propedeutas que estavam em
greve de fome deitar no chão de seu gabinete em colchões improvisados.
Enquanto o presidente
Folha na obrigação de impor equilíbrio pedia reintegração de posse, Diogo
Fernandes da base do passo, rompia com o colombiano, pois numa conversa de
Whatsapp percebeu a insensibilidade e ódio do prefeito Amastha pelos
funcionários públicos e vereadores.
Amastha revelou sua
personalidade de Curinga o eterno inimigo do Batman, e não cedeu em nada, mas
logo aparece o Negreiros líder de seu governo na câmara e desmerece a oposição,
dizendo que Amastha, tudo faz e tudo resolve.
Os professores fizeram
uma assembleia extraordinária e decidiram recuar mas parar jamais e usando as
teses de Bertolt Brechter, esperam a atitude coerente do incoerente Amastha.
Até o poder judiciário
se sensibilizou, diga-se de passagem, o poder judiciário frio e calculista se
sensibilizou com a dor dos professores.
Numa guerra ninguém sai
ganhando, pois de um lado estão mortos e feridos e suas famílias, e de outro
lado estão os vencedores e feridos e também suas famílias, mas o ressentimento
fica e dura para sempre, por isso é necessário unidade e perdão, ação e
volição, compreensão e humildade por parte dos gestores.
Depois da greve é como
se fosse depois da guerra, contam-se mortos e feridos, contam os dias peRdidos e
corações feridos, expõe-se as chagas da sociedade hipócrita que quer conforto, da
elite nefasta que quer preservar seu dinheiro mesmo que seja roubado.
Todos os mecanismos
foram utilizados na greve legal e contra a greve legal, e Amastha e seu
opositor Marcelo Miranda tiraram proveito do sofrimento e dor dos professores e
pais de alunos e de todos os alunos prejudicados.
Marcelo Miranda foi ao
horário nobre em pleno intervalo do jornal Hoje da Globo e disse que a educação
estadual é bem melhor que a municipal e que paga em dia e respeita a progressão
e data base, tudo mentira, tudo engodo.
Na utopia de Milton
tudo está perfeito, mas na utopia dos pobres trabalhadores e pagadores de impostos
tudo é real e triste, e sangrento.
Na velha França, foi
necessária a queda de Bastilha e a revolução sangrenta, com cabeças de líderes
sendo literalmente cortadas e até a rainha Antonieta não foi poupada, mas o
duro inquisidor Robespierre fora decapitado também, triste ironia,
Os brasileiros dormem e
sonham com o exército disciplinado comandando o poder político do Brasil, mas
os brasileiros não reagem, são surdos, covardes, medrosos e se envolvem mas não
se comprometem, querem sempre se dar bem seja do modo errado ou não.
Se o Brasil fosse um
país sério e responsável, a educação das crianças desde o útero da mãe até aos
quatorze anos de idade, seria totalmente do governo, e no futuro não existiriam
delinquentes e criminosos. Se o mesmo tratamento que os políticos dão aos seus
filhos com dinheiro roubado, dessem ao povo brasileiro, o Brasil seria a
terceira economia do mundo e quem sabe o mais produtivo.
O Tocantins é o
suprassumo da corrupção e mentira, malandragem e hipocrisia, e a política aqui
é uma profissão disputada e quem tem honra não entra, quem entende Cristo não
se envolve.
Palmas é o celeiro da
política regional e todos correm para Palmas, quem tem boca vem a Palmas e não
perde a calma. Os poderes estão em Palmas, mas até nos gabinetes secretos das
autoridades jurídicas se encontram os tratados de magia negra, e assim o
Tocantins não evolui espiritualmente.
Uma mudança muito radical
está acontecendo, o julgamento do povo será implacável, pois o Deus que existe
julgará, e não deixará pedra sobre pedra na velha política do Tocantins.
Algo novo está
acontecendo e tudo será renovado, não com o velho e corrupto político, que diz ser o novo
e faz tudo velho e cheio de ódio e poder pelo poder, prazer pelo prazer em
detrimento do povo que paga e sofre.
Depois da greve é como
se fosse depois da tempestade, o vento parou de soprar muito forte e a s folhas
secas são recolhidas, a árvore da vida está presente e a educação quer
florescer mas tem que sangrar para prosperar.
Tempos novos estão
chegando.
Antônio Guimarães
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