Janot denuncia senadores do PMDB por propinas de R$ 864 mi Além de Renan, Jucá, Lobão, Jader e Raupp, procurador-geral também acusa José Sarney e Sérgio Machado do crime de organização criminosa


Janot denuncia senadores do PMDB por propinas de R$ 864 mi
Além de Renan, Jucá, Lobão, Jader e Raupp, procurador-geral também acusa José Sarney e Sérgio Machado do crime de organização criminosa
Por João Pedroso de Campos
access_time8 set 2017, 18h40 - Publicado em 8 set 2017, 17h47more_horiz


Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá (Evaristo Sá/AFP, Marcos Oliveira/Diretoria Geral e Geraldo Magela/Agência Senado)

O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra a cúpula do PMDB do Senadopelo crime de organização criminosa no âmbito da Operação Lava Jato. Janot acusa os senadores peemedebistas Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO), além do ex-senador José Sarney (MA) e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, de receberem 864 milhões de reais em propinas e gerarem prejuízos da ordem de 5,5 bilhões de reais à Petrobras e de 113 milhões de reais à subsidiária da estatal.

Segundo a acusação apresentada hoje por Janot, a suposta organização criminosa do PMDB do Senado foi “constituída e estruturada” em 2002, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e passou a receber propinas na Petrobras a partir de 2003, quando o petista tomou posse e buscou apoio de PMDB e PP no Congresso. “Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas”, afirma o procurador-geral da República.

O dinheiro sujo destinado aos peemedebistas, conforme Rodrigo Janot, foi retirado de contratos da Transpetro, comandada por Machado entre 2003 e 2015, e das diretorias Internacional e de Abastecimento da Petrobras. A denúncia se baseia nos relatos das delações premiadas de Sérgio Machado, Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional apoiado pelo PMDB a partir de 2006, e Paulo Roberto Costa, que comandou a diretoria de Abastecimento e passou a ser sustentado politicamente pelo partido quando seu cargo esteve ameaçado, também em 2006.

A delação de Machado já havia sido considerada por Janot na denúncia que ele apresentou no final de agosto contra Renan, Jucá, Raupp, Sarney e o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em supostas propinas recebidas de contratos da Transpetro.
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Caso a Segunda Turma do STF aceite a denúncia apresentada pelo procurador-geral, os sete acusados se tornam réus e serão julgados.

Esta é a terceira acusação por organização criminosa apresentada por Janot nos últimos sete dias contra partidos que compunham o esquema de corrupção na Petrobras. Na semana passada, ele já havia denunciado políticos do PP e, na última terça-feira, mirou a cúpula do PT, incluindo os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Ele também apresentou uma acusação contra Lula e Dilma por obstrução de Justiça e ainda deve denunciar o presidente Michel Temer (PMDB) pelo mesmo crime, com base nas delações premiadas de executivos da JBS.

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