Carlesse critica abandono do Projeto Sampaio e quer retomada das obras paralisadas desde 2009 Parlamentar garantiu que o assunto será discutido com os demais deputados e com a comunidade local
Carlesse critica abandono do Projeto Sampaio e quer retomada das obras paralisadas desde 2009
Parlamentar garantiu que o assunto será discutido com os demais deputados e com a comunidade local
DA REDAÇÃO13 de Sep de 2017 - 13h56, atualizado às 14h47
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Foto: Vinicius Martins
Carlesse: "Isso é muito ruim para o Estado, já que o projeto idealizado para desenvolver aquela região está parado"
Com 70% das obras já prontas, o Projeto de Irrigação Sampaio, no município de Sampaio, a 687 km de Palmas, no extremo norte do Estado, está paralisado desde 2009. A previsão feita pelo Ministério da Integração Nacional de que fossem concluídas em 2012. No domingo, 10, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), criticou o abandono do projeto por parte do poder público e destacou a necessidade de retomada das obras do empreendimento. “Fique preocupado, pois o tempo está consumindo aquele maquinário. Isso é muito ruim para o Estado, já que o projeto idealizado para desenvolver aquela região está parado”, apontou Carlesse que o assunto será discutido com os demais deputados e com a comunidade local.
Iniciado no ano 2000, o projeto compreende a implantação de infraestrutura para irrigação de 1.070 hectares para o cultivo de frutas, grãos, entre outros. Com mais de R$ 110 milhões investidos, o empreendimento consiste no bombeamento para captação, distribuição e drenagem de água, bem como dique para proteção das áreas de lavoura contra as cheias do rio Tocantins.
Famílias
O projeto previa a transferência de gestão do empreendimento para os próprios produtores da região. Desta forma, segundo o Ministério da Integração Nacional, a área irrigável seria subdividida em 75 lotes, entre pequenos produtores, e 30 lotes grandes (empresariais).
Se estivesse ativo, o empreendimento contemplaria diretamente a população de Sampaio, estimada em aproximadamente 5.500 habitantes, e indiretamente as comunidades dos municípios vizinhos de Augustinópolis e Praia Norte.
Entretanto, paradoxalmente, os pequenos agricultores que produzem no projeto de irrigação precisam cavar cisternas ou percorrer grandes distâncias em busca de água. A professora aposentada Luzia Barbosa Feitosa, de 54 anos, é uma dessas pessoas. “Meu sonho é que isso aqui funcionasse de verdade, e que eu tivesse segurança de que vou continuar aqui, mas não tenho”, lamentou.
Para Carlesse, o ideal é legalizar a situação dos agricultores familiares realmente interessados em produzir no local. “O caminho é incluir no projeto pessoas como a dona Francisca, que produz de tudo, como galinha, porco, mandioca e feijão”, exemplificou.
Dados do governo federal mostram que a região de Sampaio possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. A implantação do projeto, portanto, seria uma tentativa de amenizar a pobreza, incrementando a renda da população e aumentando a arrecadação de impostos para o município, que poderá investir na melhoria dos serviços públicos.
Discussão
O presidente da Casa de Leis adiantou que vai estudar uma forma discutir a situação do Projeto Sampaio com os deputados, como uma audiência pública, que também dá voz aos moradores de Sampaio e aos agricultores familiares que já estão produzindo no local. (Com informações da assessoria de imprensa)
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