Bolsonaro em MG: saída para o mar, licença para matar e tumulto Em agenda com protestos e prisões, deputado prega fuzilamento de autores de exposição no RS e critica Bolsa Família, direitos humanos e política ambiental


Bolsonaro em MG: saída para o mar, licença para matar e tumulto
Em agenda com protestos e prisões, deputado prega fuzilamento de autores de exposição no RS e critica Bolsa Família, direitos humanos e política ambiental
Por Da Redação
access_time15 set 2017, 21h30 - Publicado em 15 set 2017, 20h13more_horiz


O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), durante palestra em faculdade de Belo Horizonte (FLAVIO TAVARES/JORNAL HOJE EM DIA/Estadão Conteúdo)

Em uma agenda de cunho eleitoral de dois dias em Belo Horizonte (quinta e sexta-feira), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à Presidência da República em 2018, disse, entre outras declarações polêmicas, que fuzilaria os idealizadores da exposição Queermuseu – que foi encerrada em Porto Alegre após protestos -, prometeu retirar o Brasil de tratados internacionais de direitos humanos, defendeu as mortes pela polícia e reafirmou que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merece ser estuprada por ser “feia” – o caso lhe rendeu uma condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). De quebra, prometeu dar a Minas Gerais uma saída para o mar.

Bolsonaro deu entrevistas a um canal de TV e a uma emissora de rádio, se encontrou com o prefeito Alexandre Kalil (PHS) e palestrou para estudantes da Universidade Fumec. No aeroporto, discursou de improviso a seguidores. “Nós vamos satisfazer o desejo do mar de ganhar Minas, podem ter certeza disso.” Posteriormente, à Rádio Itatiaia disse que era piada. Ao palestrar para alunos da Fumec, deu a entender que a declaração foi distorcida e afirmou que grande parte da imprensa é “canalha”.




Nós vamos satisfazer o desejo do mar de ganhar Minas, podem ter certeza disso




Ainda à Rádio Itatiaia, Bolsonaro disse que é preciso “dar direito ao policial de matar”. “Se não for assim, esqueça o combate à violência. Violência se combate com energia ou com mais violência ainda”, afirmou. Ele também prometeu que fará um pente-fino no programa Bolsa Família para revogar dois terços dos benefícios. “Gastamos em torno de 29 bilhões de reais por ano com o Bolsa Família. Isso é vergonhoso para nós, porque alguém está trabalhando para sustentar essas pessoas.”




É preciso dar direito ao policial de matar. Se não for assim, esqueça o combate à violência. Violência se combate com energia ou com mais violência ainda




Bolsonaro também foi ao estúdio da TV Verdade, onde chamou a exposição Queermuseu de “excrecência”. A mostra em prol da diversidade LGBT foi cancelada pelo Santander Cultural, em Porto Alegre, após críticas de grupos religiosos e do Movimento Brasil Livre (MBL) por suposto desrespeito religioso e incentivo à zoofilia e à pedofilia. “Tem que fuzilar os autores dessa exposição. Esses caras estão fazendo uma maldade com as criancinhas. É uma força de expressão, mas tem que fuzilar.”




Gastamos em torno de 29 bilhões de reais por ano com o Bolsa Família. Isso é vergonhoso para nós, porque alguém está trabalhando para sustentar essas pessoas

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