Após ser agredido, deficiente visual vira professor de defesa pessoal
Após ser agredido, deficiente visual vira professor de defesa pessoal
Há 2 horas
David Black é cego, mas isso não significa que ele seja uma pessoa indefesa - muito pelo contrário.
Após anos de aulas de defesa pessoal, o escocês hoje ensina outras pessoas cegas ou com limitações visuais a se protegerem.
“Queria ajudar pessoas vulneráveis, ajudar outros cegos a se sentirem confiantes”, diz Black à BBC.
Nas aulas, ele mostra a seus alunos movimentos que podem usar para se defender de ataques - o que inclui até usar a bengala para proteção pessoal.
“Se você sente-se ameaçado, sempre pode usá-la. É uma extensão do cego. Não é uma arma, é parte de quem somos”, diz Black.
“Ensinamos a evitar a situação por meio da conversa, mas, se você precisar, pode usar essas técnicas.”
Trata-se de uma necessidade mais comum do que alguns pensam.
No ano passado, foram registrados mais de 3 mil crimes de ódio contra pessoas com deficiência no Reino Unido.
O próprio Black foi uma vítima. “Passei a fazer aulas de defesa pessoal porque me sentia vulnerável”, conta ele.
“Fui alvo de abusos verbais e atacado fisicamente ao menos três vezes. Fiquei traumatizado. Passei três anos em casa, com medo.”
Após anos de aulas de defesa pessoal para se proteger, ele começou a ter mais confiança, “a ser mais feliz”. “E é esse tipo de pessoa que eu quero ser.”
Agora, ajuda outros a seguirem pelo mesmo caminho.
“Todo mundo deveria ser capaz de andar com a cabeça erguida e de se sentir seguro.”
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