O fitness do futuro Colocar o aluno em ambiente de realidade virtual é a essência do novo conceito que promete revolucionar os treinos. Segundo pesquisa, isso aumenta o prazer, diminui o cansaço e reduz a taxa de abandono das aulas
O fitness do futuro
Colocar o aluno em ambiente de realidade virtual é a essência do novo conceito que promete revolucionar os treinos. Segundo pesquisa, isso aumenta o prazer, diminui o cansaço e reduz a taxa de abandono das aulas
PARALELO Tecnologia 3D, sons e aromas deixam o aluno imerso dentro dos cenários (Crédito: Divulgação)
Cilene Pereira25.08.17 - 18h00
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Serão pelo menos trinta minutos vivendo em uma espécie de universo paralelo. Dentro de uma sala com telas curvas imensas onde são projetadas imagens gráficas ou de paisagens, ao som de canções que combinam com os desenhos e sentindo aromas que remetem ao conforto, o aluno treina focado. Assim é o fitness do futuro, planejado para transformar o treinamento físico em uma experiência também sensorial. Chamado de fitness imersivo, o conceito começa a ser adotado por academias americanas e virou objeto de estudo por seu potencial para revolucionar os treinos.SENSAÇÃO Na Bio Ritmo, temperatura estimula experiência sensorial (Crédito:Divulgação)
Nos EUA, aulas nesse novo modelo são encontradas em pontos como o IMAX Spin Studio, em Nova York. O local tem a tecnologia de som e imagem dos cinemas IMAX. No lugar das poltronas, 50 bicicletas. Os alunos pedalam cercados pelo espaço sideral ou por praias ensolaradas. A novidade chegou há três meses. Em Los Angeles, a experiência é oferecida pelo Earth´s Power Yoga e atraiu as atrizes Penélope Cruz e Renee Zellweger. No Brasil, ainda não há nada que se encaixe totalmente na definição de fitness imersivo. Há iniciativas que se aproximam dele, como a RaceBootCamp, do grupo Bio Ritmo. A corrida na esteira e os exercícios são feitos em um ambiente com temperatura um pouco mais elevada e som e iluminação diferenciados para que os alunos usufruam de experiências sensoriais.
Na semana passada, cientistas da Penn State University divulgaram o resultado de um estudo sobre o modelo. Eles compararam adeptos que participaram de aulas de bicicleta com e sem o conceito de imersão e descobriram que, entre os que usufruíram das tecnologias, o prazer e a resistência ao esforço eram maiores. Concluíram isso analisando as respostas sobre como eles se sentiam nas fases das aulas nas quais eram mais requisitados, quando a frequência cardíaca aumenta para dar conta da demanda do corpo por oxigênio. “Os relatos foram de satisfação, apesar do desafio de atingirem o máximo da frequência por grandes períodos “, disse à ISTOÉ Jinger Gottschall, líder do trabalho.
No experimento, o ambiente virtual promovia a sensação de subir uma montanha, pedalar em um velódromo ou de navegar ao por do sol. Jinger acredita que a menor sensação de cansaço experimentada nos picos dos treinos está relacionada à mudança no foco dos participantes. “Eles não estão prestando atenção aos batimentos cardíacos, à respiração. Estão focados no cenário no qual estão imersos.” A leveza com que encararam as aulas aumentou a adesão aos treinos, especialmente entre os novatos, mais vulneráveis a abandonarem a academia logo nas primeiras semanas.
OS PILARES DO TREINAMENTO
CONJUNTO
Proporcionar uma completa experiência de treino físico e mental
ELEMENTOS
As salas são transformadas em ambientes de realidade virtual. A combinação de som, cheiro, textura e telas curvas onde são projetadas imagens gráficas ou de paisagens oferece ao aluno sensação de imersão
EFEITOS
*Quebra de rotina
*Menor sensação de cansaço
*Melhor performance
*Maior adesão aos treinos
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