Gaguim lança novo partido e promete candidatos a Senado e ao Governo do TocantinsCom Gaguim presidindo a sigla no TO, “Podemos” é o novo nome do Partido Trabalhista Nacional, o PTN, que era a legenda de Celso Pitta e também elegeu Jânio Quadros na presidência do Brasil


Gaguim lança novo partido e promete candidatos a Senado e ao Governo do TocantinsCom Gaguim presidindo a sigla no TO, “Podemos” é o novo nome do Partido Trabalhista Nacional, o PTN, que era a legenda de Celso Pitta e também elegeu Jânio Quadros na presidência do Brasil
29/06/2017 10:11:08 - Atualizada em 29/06/2017 10h31min Andréa Nobre

Deputado federal Carlos Gaguim Divulgação

O pequeno PTN (Partido Trabalhista Nacional), que agora adotará o nome “Podemos”, será lançado no dia 1° de julho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), com o deputado federal Carlos Gaguim (Podemos) à frente da presidência do partido no Tocantins. De acordo com Gaguim, o partido lançará um nome para concorrer ao governo ou senado no Tocantins. O PTN repaginado já tem dois nomes de bom apelo eleitoral para as eleições de 2018: os senadores Romário (sem partido-RJ) e Álvaro Dias (PV-PR), este último sendo a aposta da sigla para concorrer à presidência da República.



“No Tocantins lançaremos um candidato a governador ou senador. Concorrer na majoritária é uma exigência do partido. Pode ser que esse nome seja o meu. O partido pretende ser a quinta ou sexta força do Congresso Nacional em termo de parlamentares. Nós teremos o senador Álvaro Dias como nosso candidato próprio à presidência da República. Teremos também de 4 a 5 candidatos ao governo em outros estados”, revelou Gaguim em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta quinta-feira, 29.



O parlamentar também revelou que já está conversando com alguns nomes da política tocantinense e convidando para se filiarem ao partido. “Estou conversando com o ex-prefeito Raul Filho, um prefeito de uma cidade grande aqui do Tocantins. Vamos filiar 10 prefeitos aqui do Tocantins no nosso partido”, adiantou.



Articulações políticas

“Eu já estou tentando a segunda vaga ao Senado. A primeira, meus líderes escolhem. Só no ano que vem lançaremos o nosso candidato ao governo, em março ou abril. Não estamos participando de nenhuma corrente política do Tocantins”, informou Gaguim na entrevista ao T1.



Segundo o deputado, o partido conta com mais de 70 comissões provisórias organizadas e legalmente instituídas. Atualmente, segundo Gaguim, o Podemos conta com 2 prefeitos, 3 vice-prefeitos e 24 vereadores. “Temos também 15 deputados federais e mais 4 que vão entrar até o fim deste ano, dia 1° entram 2 senadores, Álvaro Dias, nosso candidato à presidência, e atual senador do Paraná, eleito com 86% dos votos, e senador Romário, candidato a governo do Rio de Janeiro ou vice-presidente da República. O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), e um senador de Brasília estão na eminência de vir para o Podemos também”, revelou.



No Tocantins, Gaguim também faz algumas articulações para as chapas proporcionais. “Conversei com Osires Damaso, Mauro Carlesse e Aragão. Vou conversar também com Eli Borges e Luana Ribeiro, que pode ser um nome ao Senado, sobre as chapas proporcionais”, explicou. “A nossa meta é encontrar o melhor caminho para o projeto político que atenda aos anseios de nossa população tocantinense e do Brasil”, afirmou Gaguim.



Bandeiras do Partido

O presidente estadual do partido informou ainda que o Podemos se define como um “partido de centro, nem esquerda, nem direita. Vamos trabalhar o aspecto da família constituída de todas as formas e o amparo aos idosos”, ressaltou o deputado.



Para Gaguim, “o Podemos pretende aproximar a política dos anseios da população brasileira, que vem ocupando as ruas desde 2013 para manifestar sua insatisfação com a condução da política nacional; contra a corrupção; contra a falta de transparência na política; contra a falta de participação popular, dentre outros anseios”, concluiu.



Histórico do Partido

Fundado nos anos 30, o partido chegou a eleger Jânio Quadros para presidente da República. Foi refundado após a redemocratização e há alguns anos viveu uma disputa interna na qual duas famílias brigaram pelo seu controle. Há dois anos, um movimento popular surgido em ocupações e formado por militantes de esquerda balançou a política da Espanha. Com pautas consideradas progressistas, como o direito ao aborto e a manutenção do caráter público da educação, o Podemos ganhou popularidade em grandes cidades e junto ao eleitorado jovem, a ponto de eleger a prefeita de Madri.



No Brasil, o pequeno PTN (Partido Trabalhista Nacional) adotará o nome Podemos para aproveitar a fama do "primo" europeu. O partido se venderá como um movimento afeito à democracia direta e criará um aplicativo de celular e um site para o eleitor opinar nas votações no Congresso.



A mudança se concretizará no começo de dezembro. Mas as bandeiras do Podemos brasileiro, que já nasce com 13 deputados federais, devem ser bem diferentes das levantadas pelos espanhóis. Os dois grupos não têm nenhuma ligação formal.

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