Temer e o pecado original
Em seu segundo pronunciamento em dois dias, Michel Temer desqualificou o empresário Joesley Batista, a quem chamou de “conhecido falastrão exagerado” e a quem atribuiu um “crime perfeito”. Temer pode dizer o que quiser de Joesley Batista, mas cometeu o pecado original: recebeu-o em palácio, fora da agenda, em hora avançada da noite, a sós e manteve uma conversa cordial, de amigos. Por fim, ainda celebrou o fato de que o empresário conseguiu passar na portaria do Palácio do Jaburu sem se identificar.
Por que tanta deferência com um criminoso falastrão exagerado?
Mais: ao comentar as reivindicações do empresário que não foram atendidas, Temer disse que isso é “prova cabal de que meu governo não estava aberto a ele”.
O governo talvez não estivesse, mas o palácio, na calada da noite, estava.
Comentários
Postar um comentário
TODOS OS COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS.MAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ESCREVE!