Bebê morre após esperar 45 dias por cirurgia no coração e pegar infecção
Bebê morre após esperar 45 dias por cirurgia no coração e pegar infecção
Menina chegou a ser transferida, mas não resistiu e morreu em Curitiba (PR).
Pelo menos outras 11 crianças esperam por cirurgias cardíacas no TO.
Uma bebê que nasceu em Gurupi, no sul do estado, morreu após esperar um mês para conseguir um hospital que fizesse uma cirurgia cardíaca. Maria Rosa chegou a ser transferida para Curitiba (PR), mas acabou morrendo nesta quinta-feira (23). Atualmente, pelo menos 11 bebês também esperam cirurgias parecidas com a da menina, segundo a Defensoria Pública.
Parentes informaram que ao chegar em Curitiba Maria Rosa teve uma infecção e não pode fazer a cirurgia imediatamente. Ela teria que ser recuperar para depois fazer o procedimento, mas não resistiu.
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A menina nasceu no dia 6 de fevereiro com um problema grave no coração. Ela precisava fazer uma cirurgia complexa que não é feita no Tocantins. A transferência aconteceu cerca de um mês depois do nascimento.
A Secretaria do Estado da Saúde informou que busca vagas em centros pediátricos de cirurgia cardíaca de todo o país para que sejam feitas transferências quando necessárias, pois o estado ainda não dispõe desse tipo de serviço especializado. A secretaria não explicou o porquê da demora na transferência da menina.
Outras mortes
O caso de Maria Rosa não é isolado. Em janeiro, a bebê Isabela Cardoso Araújo, de nove meses, morreu no Hospital da Criança, em Goiânia. Os pais dela são de Palmas e esperaram mais de quatro meses pela transferência da criança, que também precisava de uma cirurgia no coração.
O caso de Maria Rosa não é isolado. Em janeiro, a bebê Isabela Cardoso Araújo, de nove meses, morreu no Hospital da Criança, em Goiânia. Os pais dela são de Palmas e esperaram mais de quatro meses pela transferência da criança, que também precisava de uma cirurgia no coração.
Além dela, pelo menos mais quatro crianças do estado morreram à espera de cirurgia no coração no último ano. Em agosto de 2016, um menino morreu logo após ser transferido para Goiânia. No mês seguinte, mais dois bebês morreram no Hospital Dona Regina esperando transferência.
No final de 2016 a Defensoria pediu para a Justiça que o Estado comece a fazer os procedimentos no estado para as crianças não terem que fazer longas viagens, mas o caso ainda não foi analisado.
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