PAPA FRANCISCO NÃO É SANTO.ELE É UM COMUNISTA ULTRAPASSADO
Como o papa Francisco se tornou o líder da esquerda global
Com o direito em ascensão, muitos progressistas estão olhando para um pontífice que luta contra a desigualdade e as mudanças climáticas
Papa Francisco fala para uma reunião conjunta do Congresso, com o vice-presidente Joe Biden (em cima à esquerda) e presidente da Câmara John Boehner (canto superior direito) olhando, 24 de setembro de 2015. FOTO: ANDREW HARRER / BLOOMBERG NEWS
Quando o Papa Francis oferece sua mensagem de Natal neste fim de semana, ele irá fazê-lo não apenas como o chefe da Igreja Católica, mas como o improvável porta-estandarte para muitos progressistas de todo o mundo.
Com forças conservadoras e nacionalistas em ascensão em muitos lugares e com figuras como presidente dos EUA, Barack Obama , eo presidente francês François Hollande em seu caminho para fora, muitos na esquerda-dos socialistas na América Latina para os ambientalistas na Europa, estamos olhando para o 80 Para a liderança.
"O papa Francisco realmente inspira muita gente a querer lutar. Tenho certeza de que se ele não fosse a face da Igreja Católica, ele estaria na rua com a gente ", disse Bleu Rainer, um ativista na" Luta por US $ 15 "movimento do salário mínimo em Tampa, Flórida , Que viajou a Roma no mês passado para um encontro internacional de ativistas de base dirigido pelo papa. "Ele reforça nossas questões e as torna questões morais".
No entanto, o apoio do Papa a algumas causas liberais, enraizado na tradicional preocupação cristã pelos pobres e indefesos, significou juntar forças com alguns parceiros que rejeitam os principais ensinamentos morais católicos. Os críticos também dizem que o líder da igreja não deve assumir posições tão fortes sobre questões políticas sobre quais os católicos têm permissão para ter uma gama de pontos de vista.
O papa Francis assumiu posições ousadas sobre uma variedade de questões, incluindo a migração, a mudança climática, a igualdade econômica e os direitos dos povos indígenas. Sua junho 2015 encíclica ambiental "Laudato Si '" apelou para uma forte redução no uso de combustíveis fósseis e descreveu o aquecimento global como uma grande ameaça à vida na Terra. O documento era também uma acusação contra a economia de mercado global, que, segundo ele, saqueou o planeta à custa dos pobres e das gerações futuras. O Vaticano exige agora que os estudantes do sacerdócio aprendam sobre os problemas ambientais, incluindo as alterações climáticas, durante os seus estudos de seminário.
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As visualizações do pontífice sobre migração, ele chama, na verdade, para as fronteiras abertas para os refugiados e migrantes económicos-transbordou para a crítica de Donald Trump no início deste ano. O papa disse que o candidato republicano era "não cristão" para reclamar um muro ao longo da fronteira dos EUA com o México. Poucos dias antes das eleições americanas, o Papa Francis advertiu contra a "difusão da xenofobia" e a "falsa segurança dos muros físicos e sociais" - um discurso que é amplamente visto como uma crítica ao senhor deputado Trunfo
O papa também foi franco sobre a igualdade econômica. Ele disse que "terra, à moradia e ao emprego" são "direitos sagrados" e acrescentou que "se eu falar a isso, algumas pessoas concluem que o papa é um comunista". Em seu discurso de 2015 ao Congresso dos EUA, ele elogiou o falecido Dorothy Day, fundadora do Movimento dos Trabalhadores católicos, pois "seu ativismo social, a sua paixão pela justiça e pela causa dos oprimidos."
Essas declarações fizeram dele um herói para muitos políticos da esquerda. O senador Bernie Sanders, que deixou a campanha por dois dias antes da primária de New York para participar de uma conferência do Vaticano, chamou a si mesmo um "fã de clareza do papa, sua humildade, sua visão e coragem."
Em uma novidade para um papa, Francis abordou três reuniões anuais consecutivas de "movimentos populares". Os encontros incluíram ativistas de base para trabalhadores não sindicalizados e camponeses sem terra em países em desenvolvimento, bem como grupos americanos como Black Lives Matter e proponentes De um salário mínimo mais elevado. Na última reunião em novembro, o papa disse aos ativistas que "revitalizem e reformulem nossas democracias, que estão vivenciando uma verdadeira crise" e "se envolverem em políticas de alto nível" em seus países. O Vaticano está co-patrocinando outro encontro como esse na Califórnia em fevereiro, focado na pobreza, na migração e na justiça racial. (O Papa não deve participar.)
Posições do papa seguem uma corrente de longa data na Doutrina Social da Igreja, iniciada por uma encíclica do século 19 pelo papa Leão XIII, que criticou os excessos do mercado livre e afirmou os direitos dos trabalhadores de se organizar. "Ele não mudou radicalmente a doutrina social da corrente principal da igreja", disse o arcebispo Silvano Tomasi, um funcionário do escritório do Vaticano em questões de justiça social. Mas o pontífice adotou uma linguagem e prioridades que refletem seus antecedentes no mundo em desenvolvimento, disse o arcebispo.
Como jovem sacerdote na Argentina, o então padre Jorge Bergoglio evitou escolas marxistas de "teologia da libertação" católica em favor de uma "teologia do povo", que rejeitava o materialismo e o conflito de classes. Ele e sua família também foram apoiantes do homem forte do país, Juan Perón, um caudilho cuja marca de populismo autoritário iludiu categorização fácil esquerda-direita.
Os historiadores observam precedentes modernos para os papas se ligarem aos movimentos políticos. Após a Segunda Guerra Mundial, o Vaticano apoiou democratas-cristãos da Itália, e na década de 1980, o Papa João Paulo II apoiou o movimento sindical Solidariedade na sua Polónia natal, acelerando assim o fim da Guerra Fria eo colapso da União Soviética. Ambos os movimentos eram explicitamente anticomunistas.
As alianças de Francisco envolveram alguns estranhos companheiros de cama. O presidente boliviano, Evo Morales, um crítico de esquerda de fogo da globalização, no ano passado deu ao papa uma escultura combinando um crucifixo com o martelo comunista e foice. Francisco disse que a escultura não o ofendeu e levou-a de volta a Roma.
Os críticos advertem que, alinhando-se demasiado próximo com um fim do espectro político, o papa poderia alienar católicos mais conservadores. Na recente eleição presidencial dos EUA, de acordo com as pesquisas de saída, mais da metade dos eleitores católicos escolheu o Sr. Trump. "A esquerda mundial ver claramente uma oportunidade de se apropriar do prestígio do papado para suas causas", disse Samuel Gregg, diretor de pesquisa do Instituto Acton, um think tank com sede em Michigan com uma abordagem religiosa, de livre mercado. "Isso introduz a polarização na igreja sobre questões sobre as quais os católicos são livres de discordar".
As opiniões de Francisco o aliaram com grupos que se opõem a alguns dos ensinamentos morais da igreja. Muitos ambientalistas apoiam medidas de controle populacional como forma de limitar os danos ecológicos, mas a doutrina católica proíbe o aborto eo controle artificial da natalidade. O papa denunciou a discriminação contra gays e pediu compaixão e compreensão para as pessoas trans, mas ele não aceita o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O papa reduziu a estranheza de suas alianças progressivas, jogando para baixo questões espinhosas de ética sexual e médica e enfatizando aspectos comuns como justiça econômica e proteção ambiental. As relações políticas de Francisco se inclinam para a esquerda, diz Dom Tomasi, "não porque seja marxista ou porque seja esquerdista, mas porque [esses grupos] representam ... as feridas da sociedade".
Escreva para Francis X. Rocca em francis.rocca@wsj.com
