Campanha de Hillary Clinton participará de recontagem de votos Recontagem foi pedida em Wisconsin pela candidata do Partido Verde, Jill Stein. Trump diz que recontagem é 'ridícula' e que resultado deve ser respeitado.

Campanha de Hillary Clinton participará de recontagem de votos

Recontagem foi pedida em Wisconsin pela candidata do Partido Verde, Jill Stein. Trump diz que recontagem é 'ridícula' e que resultado deve ser respeitado.

Comitê de campanha de Hillary vai participar de recontagem de votos
A campanha eleitoral da democrata Hillary Clinton disse neste sábado (26) que se juntará a uma recontagem de votos no estado de Wisconsin, embora não tenha visto nenhuma irregularidade até agora na disputa pela presidência dos Estados Unidos, vencida pelo republicano Donald Trump.
A candidata do Partido Verde, Jill Stein, pediu uma recontagem em Wisconsin, que foi aprovada pela Comissão Eleitoral do estado nesta sexta-feira, e anunciou neste sábado sua intenção de solicitar recontagens em todo estado em que o prazo não tenha se encerrado. Até este anúncio, ela havia dito que também pediria no Michigan e na Pensilvânia.
Jill Stein, candidata do Partido Verde nas eleições dos EUA, pediu recontagem de votos no estado de Wisconsin (Foto: Win McNamee/Getty Images North America/AFP)Jill Stein, candidata do Partido Verde nas eleições dos EUA, pediu recontagem de votos no estado de Wisconsin (Foto: Win McNamee/Getty Images North America/AFP)
Jill Stein, candidata do Partido Verde nas eleições dos EUA, pediu recontagem de votos no estado de Wisconsin (Foto: Win McNamee/Getty Images North America/AFP)
Marc Erik Elias, advogado de eleição da candidata democrata, disse neste sábado em um post no site Medium.com que a campanha também participará de eventuais recontagens nos estados de Michigan e da Pensilvânia, caso sejam organizadas.
Trump, o candidato presidencial republicano, ganhou em nesses três estados por pouco mais de 100 mil votos. As vitórias apertadas nesses estados ajudaram-no a obter o mínimo de 270 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral. Hillary perdeu por cerca de 20 mil votos em Wisconsin, 70 mil votos na Pensilvânia e 10 mil votos em Michigan.
Neste sábado, Trump classificou a recontagem de "ridícula" e acusou o pedido de ser uma "farsa", de acordo com um comunicado divulgado pela rede americana CNN. Segundo o texto, Trump afirma que "esta recontagem é apenas uma maneira de Jill Stein, que recebeu menos de um por cento do total de votos e nem sequer estava nas cédulas em muitos estados, de encher seus cofres com dinheiro, a maioria ela nunca vai gastar com essa recontagem ridícula".
O presidente eleito nos EUA, Donald Trump (Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP)O presidente eleito nos EUA, Donald Trump (Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP)
O presidente eleito nos EUA, Donald Trump (Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP)
"Isso é uma farsa do Partido Verde para uma eleição que já foi concedida, e os resultados dessa eleição devem ser respeitados em vez de serem desafiados e abusados, o que é exatamente o que Jill Stein está fazendo", diz a nota, segundo a BBC.

Debate sobre eleição

Ao anunciar a participação da campanha na recontagem, o advogado de Hillary disse que não há evidência de fraude. "Como não tínhamos encontrado nenhuma evidência contestável de hacking, ou de tentativas externas de alterar a tecnologia de votação, não tínhamos planejado exercer essa opção", disse Elias, o conselheiro de Hillary.
"Mas agora que uma recontagem foi iniciada em Wisconsin, pretendemos participar para garantir que o processo se desenvolva de uma maneira que seja justa para todos os lados", acrescentou.
"Se Jill Stein prosseguir, como ela prometeu, com as recontagens na Pensilvânia e em Michigan, vamos adotar a mesma abordagem nesses estados", disse Elias.
Hillary Clinton discursa em evento de campanha em Milwaukee, no Wisconsin, em março de 2016 (Foto: REUTERS/Jim Young/File Photo)Hillary Clinton discursa em evento de campanha em Milwaukee, no Wisconsin, em março de 2016 (Foto: REUTERS/Jim Young/File Photo)
Hillary Clinton discursa em evento de campanha em Milwaukee, no Wisconsin, em março de 2016 (Foto: REUTERS/Jim Young/File Photo)
Embora os especialistas digam que não há praticamente nenhuma chance de anular o resultado final, as recontagens podem reacender o debate sobre a legitimidade da eleição de Trump, já alimentada pelo fato de que a ex-secretária de Estado teve mais votos populares, com uma vantagem de mais de 2 milhões de votos em nível nacional.
"Independentemente do potencial para mudar o resultado em qualquer um dos estados, achamos importante, por princípio, garantir que nossa campanha esteja legalmente representada em qualquer processo judicial", disse Elias.

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