MÉRITO DO FUNCIONALISMO-Após reunião com Sisepe, empresários amenizam jornada de 6h: "Não vai ter tanto impacto"

Após reunião com Sisepe, empresários amenizam jornada de 6h: "Não vai ter tanto impacto"

 
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Embora reconhecendo que os prejuízos não serão tão alarmantes como previam, entidades levarão números da experiência negativa, em gestão passada, ao governador
Da Redação

Dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Kariello Coelho e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital, Davi Gouveia, debateram nesta quinta-feira, 6, com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe-TO), Cleiton Pinheiro, os impactos da implantação da jornada de 6 horas para os servidores, no comércio. Após os esclarecimentos do sindicalista, os empresários chegaram ao entendimento que a redução não vai prejudicar as vendas da forma que previam.

“Nós alinhamos os interesses, tanto do poder público, quanto dos servidores públicos, com a iniciativa privada. Foi esclarecido que a jornada de 6 horas não é para toda classe de servidores e que os serviços essenciais não serão afetados. Então, nós vimos que não vai ter tanto impacto no dia-a-dia da economia de Palmas”, disse Kariello ao CT.
Foto: Divulgação/Sisepe
Cleiton Pinheiro (de frente) com os presidentes da Acipa e CDL durante reunião
Conforme o dirigente da Associação Comercial e Industrial de Palmas, o Sisepe explicou que dos 34 mil servidores, no máximo 10 mil terão redução de jornada. “O atendimento será normal, principalmente o que atende direto o público. Então, acho que a reivindicação deles não vai prejudicar a economia como um todo”, enfatizou.

Defasagem do salário
O argumento utilizado pela classe empresarial e levado até o sindicato era de que em governo passado a implantação da jornada de 6 horas causou queda no faturamento e, consequentemente, demissão de pessoal. “Não deu certo”, avaliou Kariello.

Na reunião, o Sisepe rebateu esse argumento ao afirmar que o que realmente prejudica o comércio não é a redução de jornada, mas a “defasagem” do salário dos servidores. Isso porque, segundo Cleiton, o governo da época não teria cumprido alguns direitos do funcionalismo público. “o que realmente prejudica o comércio é a defasagem do poder de compra do servidor”, ressaltou.

Apesar de reconhecer que a mudança causará impacto no início, o sindicato destacou que a nova jornada vai ser benéfica para as duas categorias. "Vai proporcionar mais tempo para que os servidores resolvam suas demandas pessoais, inclusive, no comércio", afirmou o sindicalista.

Trabalho em escalas
Cleiton Pinheiro pontuou que outra preocupação dos líderes das entidades do comércio era que a jornada de 6 horas fosse implantada num único turno para todos. Conforme o líder sindical, isso não ocorrerá.

“Já temos alguns órgãos que têm a experiência da jornada de 6 horas, revezando os turnos. Ela não será implantada em um único turno para todos. A maioria vai trabalhar numa escala, com servidores no período da manhã e outros no período da tarde”, esclareceu.

O presidente do Sisepe reiterou ainda que esses casos se aplicam aos setores da administração pública em que há necessidade de prestação contínua dos serviços. A exemplo do Sistema Nacional de Emprego (Sine), Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec) e coletorias. “Nossas conversas com o governo são nesse sentido”, garantiu.

Reunião com governador
Embora reconhecendo que os prejuízos não serão tão alarmantes como previam, as entidades representativas do comércio concluirão o levantamento de dados dos impactos negativos causados pela redução da jornada dos servidores, em gestões passadas e levarão ao governador Marcelo Miranda (PMDB).

“Nós vamos levar os dados para gente conversar, porque nós temos inúmeros pautas para tratar com ele, não é só essa da jornada de trabalho do servidor. Estamos só aguardando a agenda do governador”, afirmou Kariello.

Reivindicação antiga
Sem data definida, a previsão anunciada pelo governo é que a mudança na carga horária deve entrar em vigor ainda este mês. A implantação da jornada reduzida é uma reivindicação antiga da categoria e foi proposta pelo Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Tocantins (Musme-TO) na negociação da data-base para diminuir gastos da máquina pública estadual.

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