Kátia critica discurso antipolítico de Amastha e diz que dinheiro do prefeito “fez a diferença”

NA TRIBUNA DO SENADO

Kátia critica discurso antipolítico de Amastha e diz que dinheiro do prefeito “fez a diferença”

 
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Parlamentar ainda afirmou que pessebista usa o mesmo discurso de João Dória, tucano eleito em São Paulo
Da Redação
Em discurso na tribuna do Senado na tarde desta quinta-feira, 6, a senadora Kátia Abreu (PMDB) fez uma série de críticas contra o prefeito reeleito de Palmas, Carlos Amastha (PSB). Primeiro, Kátia comparou o discurso do pessebista com o do prefeito eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), ressaltando que os dois insistem no discurso de que não são políticos. Depois a parlamentar atribuiu a vitória de Amastha ao volume de recursos próprios que ele desembolsou na campanha eleitoral.

Ao lembrar que 41.307 tocantinenses não compareceram às urnas no domingo, 2, o que atribuiu à "total descrença na política (…) não por outros problemas”, a senadora disse que a população está sendo incentivada a isso "por alguns espertalhões oportunistas”. "Que dizem: 'eu sou o novo', 'eu sou a novidade', eu não sou político', 'eu sou gestor’”, ilustrou.

Segundo Kátia, "o candidato que venceu em Palmas está indo à reeleição, e o discurso dele é o mesmo": "'Não sou político, eu sou gestor', porque ele é colombiano, é um estrangeiro”, afirmou.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Katia discursa na tribuna do Senado: "'Não sou político, eu sou gestor', porque ele é colombiano, é um estrangeiro”
Um pouco mais à frente, a peemedebista parabenizou o prefeito eleito de São Paulo, João Dória, para criticá-lo em seguida: "O próprio candidato vitorioso em São Paulo, que eu quero aqui parabenizar, também veio com este mesmo discurso: não sou político. O pai já foi político, ele já teve vários cargos públicos, o que não tem nenhum problema. Eu só acho que esse discurso é um discurso falso, oportunista, demagogo e que isso não constrói democracia. Isso destrói democracia”.

Em seguida, Kátia se gabou de ser política e nunca ter tido um processo por corrupção: "Eu digo para o povo do meu Tocantins e do Brasil que eu tenho orgulho de ser política. Não tenho nenhum processo de corrupção na minha vida. Eu tenho quase 20 anos de vida pública e não tenho nenhuma acusação de corrupção em toda a minha carreira".

A senadora disse que "abomina" esse discurso "demagogo e oportunista daqueles que acham que vão se eleger e continuar bonitos na foto 'porque eu não sou político, eu sou gestor, eu sou empresário’". "Na política, além de ser um bom administrador, você tem que ter ética, você tem que ser honesto e você tem que ser humano. Eu conheço muitos gestores e empresários corruptos por este Brasil, que, inclusive, estão presos, que estão sendo acusados em tribunais, que estão sendo investigados. Então, que história é essa, como se empresários fossem a Santa Sé e que nos políticos só houvesse bandidos? Não, há bandidos na política e há bandidos empresários, sim, no País. Então, nós temos que separar as coisas e parar de enganar as pessoas”, defendeu.

Kátia disse que 60% dos palmenses disseram "não" a Amastha. "Mas ele se elegeu com a maioria dos votos válidos, nós temos que respeitar isso”, ponderou. O prefeito teve 52,38% dos votos válidos.

Dinheiro fez a diferença
Para a parlamentar, a mudança na legislação que impediu a captação de recursos de empresas barateou as eleições de um lado, mas, por outro, permitiu que candidatos ricos levassem vantagem. Ela citou justamente o exemplo de Palmas, onde Amastha gastou gastou R$ 3,790 milhões, dos quais R$ 3,365 milhões do próprio bolso. "Veja bem, a terceira colocada em Palmas, Cláudia Lelis, gastou R$ 290 mil na sua campanha para ter 13 mil votos. O segundo colocado [Raul Filho, PR], que apoiei, gastou R$ 462 mil para ter 41 mil votos. Gastou o dobro dela para ter quatro vezes mais votos. E o prefeito, que ficou em primeiro lugar, gastou R$ 3,790 milhões”, afirmou. "Então, esse sistema também não está correto, porque os ricos, como o prefeito Amastha, podem ganhar as eleições daqueles que não têm dinheiro. Sorte dele ser rico. Não tenho nada contra isso, mas nem todos os candidatos têm a sorte de ter essa riqueza para fazer a sua eleição."

A senadora defendeu que a injeção de recursos próprios de Amastha na disputa na Capital fez a diferença. "Está na cara que isso fez a diferença na eleição de Palmas, por favor. Então, eu acho que isso não é justo independente do mérito de um ou de outro”, reforçou Kátia.

Assista a seguir a íntegra do discurso da senadora Kátia Abreu na tarde desta quinta, no Senado:


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