MARCELO MIRANDA "MIJA" NA TOCHA OLIMPICA

Por segurança, evento da tocha é cancelado no Taquari; Amastha fica indignado

11 JUN 2016

14h01 atualizado às 15h02

SAIBA MAISEm reação, Palmas retira Guarda Metropolitana e Trânsito do revezamento da tocha Passagem da tocha olímpica por Palmas começa pelo Jardim Taquari

Cleber Toledo
Da Redação

Foto: Divulgação

Prefeito Carlos Amastha: "Decisão absurda"

O início do revezamento da Tocha Olímpica foi cancelado no Jardim Taquari e transferido para Taquaralto por razões de segurança. A informação é do delegado Márcio Girotto, representante da Polícia Civil no colegiado responsável pela segurança do evento em Palmas. O grupo também é composto, regionalmente, pela Polícia Militar e, nacionalmente, pela Força Nacional e pelo Comitê Rio 2016. “Foi uma decisão colegiada, sem qualquer conotação política, de todas as esferas envolvidas, e, principalmente, pelo organizador, o Rio 2016”, afirmou Girotto.

Relatórios de inteligência das Polícias Civil e Militar relatavam sobre a possibilidade de haver manifestação no Taquari, por conta de insatisfações da comunidade da Capadócia, uma ocupação que enfrenta dificuldades na área de energia. “O risco de manifestação era concreto, e, para preservar a ordem e não permitir uma imagem negativa do Tocantins e de Palmas, nacionalmente, achamos por bem, de forma colegiada, mudar o início do revezamento para Taquaralto”, explicou o delegado.

Segundo ele, foram retirados do trajeto inicial 1,3 mil metros e os seis revezadores que desse trecho não ficaram prejudicados, porque foram inseridos ao longo do percurso. Ao invés de iniciar às 13 horas, no Taquari, o revezamento começou às 13h30.

Amastha indignado
Contudo, o prefeito Carlos Amastha (PSB) ficou indignado com a decisão e garantiu ao CT que não havia nenhum indício de manifestação no Taquari. Segundo ele, a possibilidade de cancelamento da solenidade na comunidade chegou ao conhecimento do município às 6 horas.

Amastha contou ter enviado, então, secretários à comunidade da Capadócia. “Eles conversaram com todo mundo e todos garantiram que não haveria nenhuma manifestação. Inclusive, a escolinha de futebol que participaria da solenidade no Taquari é de filhos de moradores da Capadócia, e as famílias iriam ao Taquari para assistir seus filhos”, disse o prefeito, que ainda afirmou ter agendado encontro com a comunidade para segunda-feira, 13, quando discutirá as demandas locais.

Segundo ele, seus representantes na reunião que decidiu pelo cancelamento apresentaram à empresa Rio 2016 e à Força Nacional fotos do local do evento, mostrando que não havia qualquer indício de manifestação, e até fotos de Amastha na localidade. “O coronel da Força Nacional, então, passou a palavra final para a PM e a PC, que insistiram que, ainda assim, não poderiam garantir a segurança da tocha no Taquari e o evento então foi cancelado”, disse Amastha.

De toda forma, o prefeito manteve as apresentações previstas para a solenidade de passagem da tocha. “Para não frustrar as crianças por uma decisão absurda”, criticou.

Nas redes sociais, Amastha criticou o governo do Tocantins. "Vão mandar homens para garantir a segurança no Rio de Janeiro. Não dão conta de garantir a segurança de Palmas. Vergonha de @governoTO”, afirmou o prefeito no Twitter. "Se o @governoTO não pode garantir a segurança de uma tocha, imagina então de toda uma cidade. Ninguém merece tamanha humilhação.”

Em outro post, Amastha garantiu que o Taquari é seguro: "Quase 2 anos morando no setor Jardim Taquari. NUNCA tive nenhuma sensação de insegurança maior que em qualquer outro canto de Palmas. NUNCA”.

Confira os posts do prefeito: