Miguel Reale Júnior: "Pedalada é crime de lesa pátria"

Miguel Reale Júnior: "Pedalada é crime de lesa pátria"

O jurista fez a defesa do impeachment durante sessão da Câmara que debate o tema

REDAÇÃO ÉPOCA
15/04/2016 - 10h19 - Atualizado 15/04/2016 10h19
O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment, defende o afastamento de Dilma (Foto: Aílton de Freitas / Ag. O Globo)
Primeiro a falar durante a sessão da Câmara dos Deputados que discutirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o juristaMiguel Reale Júnior foi aplaudido por alguns deputados logo que surgiu no plenário da Câmara. Ele é um dos autores do pedido de impedimento. Durante seu discurso, na manhã desta sexta-feira (15), acentuou a gravidade das pedaladas fiscais: “Pedalada é um crime de lesa Pátria”, afirmou. Também chamou os deputados de “libertadores”: “Nós estamos ansiosos. Envolvidos numa longa doença que domina a vida brasileira, nós queremos ressurgir. Senhores deputados, os senhores são nossos libertadores”.

>>“Isso é golpe”, diz Cardoso durante sessão da Câmara que discute o impeachment

De acordo com Reale Júnior, as pedalas fiscais mascararam a situação fiscal do país, “que estava quebrado”. A operação, segundo o jurista, piorou  o quadro econômico brasileiro e provocou o desemprego de parte da população – o que, para Reale Júnior, consiste num crime maior do que se Dilma tivesse se envolvido com desvio de verbas para enriquecimento pessoal: “Qual é o crime mais grave? O crime de um presidente que põe no seu bolso determinada quantinha, ou o daquela presidente, que pela ganância do poder, não vê problemas em destruir a economia brasileira? Furtar um pedaço de dinheiro é muito menos do que furtar a expectativa do futuro. Foi isso que aconteceu com Dilma Rousseff”.

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