Pai de Neymar e atacante podem ser presos por sonegação, diz revista
Pai de Neymar e atacante podem ser presos por sonegação, diz revista
- Reprodução/InstagramNeymar e seu pai teriam sido denunciados
Neymar e seu pai podem ser presos, ao menos é o que publica a revista Veja neste sábado. A publicação, que teve acesso a denúncia feita pelo procurador Thiago Lacerda Nobre, afirma que os dois criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos.
Segundo a revista, Neymar e seu pai criaram empresas para receber maior parte do seu salário no Santos e contratos de publicidade. Assim, eles pagariam uma alíquota menor do Imposto de Renda, fugindo dos 27,5%. Com isso, eles teriam conseguido um abatimento de mais de 50% do valor a ser pago.
Segundo a revista, Neymar e seu pai criaram empresas para receber maior parte do seu salário no Santos e contratos de publicidade. Assim, eles pagariam uma alíquota menor do Imposto de Renda, fugindo dos 27,5%. Com isso, eles teriam conseguido um abatimento de mais de 50% do valor a ser pago.
"Fica muito claro que Neymar e seu pai constituíram as empresas com o único objetivo de receber por elas os valores dos contratos e assim pagar menos impostos", afirmou Thiago à revista, que procurou a assessoria de imprensa de Neymar, mas ela preferiu não se manifestar, pois eles não foram notificados do assunto.
A denúncia do Ministério Público Federal, feito na última semana, poderia render até cinco anos de prisão para os dois.
Em seis anos, Neymar e seu pai abriram três empresas: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens. De acordo com a procuradoria, nenhuma delas tinham "capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para cuidar da carreira do atacante.
Os sócios nas empresas eram o pai e a mãe do jogador e elas tinham apenas dois funcionários, que trabalhavam como seguranças.
Entre 2010 e 2013, Neymar teria recebido R$ 43,78 milhões do Santos, mas apenas R$ 8,1 veio em forma de salário, como pessoa física. O resto foi pago em "contratos de imagem" acertado com suas empresas.
As empresas ainda têm 11 contratos de patrocínios firmados para o jogador em um valor de aproximadamente R$ 75 milhões.
"Nesses casos, acreditamos que o direito de imagem foi utilizado para substituir o salário do jogador. Assim, tanto o atleta quanto o clube pagam menos impostos. Só que, na verdade, há uma relação trabalhista mascarada como prestação de serviços", afirmou Kleber Cabral, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.
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