Arábia Saudita executa clérigo xiita e irrita IrãOutras 46 pessoas acusadas de terrorismo no país também sofreram a pena capital 02/01/2016 às 09:35
Arábia Saudita executa clérigo xiita e irrita Irã
Outras 46 pessoas acusadas de terrorismo no país também sofreram a pena capital
A Arábia Saudita executou neste sábado 47 pessoas condenadas por terrorismo, incluindo o proeminente clérigo xiita Nimr al-Nimr. Ele foi preso em julho de 2012 por apoiar os levantes contra o governo saudita que eclodiram em 2011. Os protestos aconteceram em uma região xiita do país, que tem maioria sunita.
Nimr foi condenado por desobedecer o governo, incitar a luta sectária e de porte de armas contra as forças de segurança, entre outros crimes.
A execução do clérigo irritou o Irã, rival regional da Arábia Saudita que é governado por xiitas. Segundo a rede britânica BBC, o governo iraniano afirmou que o regime saudita vai "pagar caro" pela execução de Nimr. Um porta-voz do ministro das Relações Exteriores do Irã disse ainda que Riad "apoia terroristas, enquanto executa e reprime os críticos dentro do país".
A maioria das outras 46 execuções está relacionada com ataques terroristas na Arábia Saudita entre 2003 e 2006, quando a Al Qaeda realizou uma violenta campanha para desestabilizar o governo. As execuções foram realizadas em 12 regiões diferentes ao redor do reino, segundo o Ministério do Interior.
A Arábia Saudita realizou mais de 150 execuções em 2015, o número mais alto no reino em duas décadas, de acordo com grupos de vigilância que monitoram a pena de morte. Em 2014, foram 88 execuções.
(Com Estadão Conteúdo)
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