Com base em estudo feito por ex-pesquisadores do Inpe, Folha aponta que Matopiba puxa devastação no cerrado

Segunda, 07 Dezembro 2015

Com base em estudo feito por ex-pesquisadores do Inpe, Folha aponta que Matopiba puxa devastação no cerrado

Com base em estudo feito por ex-pesquisadores do Inpe, Folha aponta que Matopiba puxa devastação no cerrado
Dos 30 mil km² plantados com soja na região após a moratória, só 500 km² foram em áreas novas (foto: Marcelo Justo/Folhapress)
Daniel Machado
DE PALMAS 
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo aponta um aumento da devastação do Cerrado no Matopiba (região agrícola que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí Bahia). Sob o título "Avanço do agronegócio no Matopiba puxa devastação do cerrado", a apuração do jornal aponta que o desmatamento na região subiu 61,6% de 2007 a 2014, na comparação com o período de 2000 a 2007. 
“O avanço da soja, do milho e do algodão nos Estados da região (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), entre 2000 e 2007, se fazia à taxa de 1.114 km² por ano. No período seguinte, de 2007 a 2014, ela subiu para 1.800 km²/ano (área 20% maior que a do município de São Paulo). É bem diversa a dinâmica nos outros oito Estados com áreas de cerrado (DF, GO, MG, MS, MT, PR, RO e SP). Nos primeiros sete anos, a agricultura tomou 931 km² anuais da savana brasileira, ante 333 km²/ano nos outros sete, uma queda de 64,2% na taxa de devastação”, destaca o texto.
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A reportagem, entretanto, não relaciona e nem cita qualquer avanço econômico na região com as culturas agrícolas.
Os dados de desmatamento constam no relatório "Análise Geoespacial da Dinâmica das Culturas Anuais no Bioma Cerrado", obtido pela Folha. O levantamento foi realizado pela empresa Agrosatélite, formada por ex-pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 
Segunda a Folha, a análise é baseada em imagens de satélite coletadas nas safras 2000, 2007 e 2014. "A gente quer que o agronegócio discuta esses dados com os preservacionistas", afirma Bernardo Rudorff, coordenador do estudo. "Faz sentido uma moratória no cerrado?".
O pesquisador se refere a uma das hipóteses que o trabalho abordou –se estaria ocorrendo um "vazamento" do desmate para o cerrado a partir da Amazônia, onde vigora uma restrição para a venda de soja produzida em áreas devastadas depois de 2007. Dos 30 mil km² plantados com soja na região após a moratória, só 500 km² foram em áreas novas.
A resposta de Rudorff sobre a hipótese de vazamento é curta: "Não". 
A reportagem cita, ainda, que no Centro-Oeste, embora as culturas agrícolas tenham avançado em área de cultivo, o desmatamento reduziu. Isso ocorreu porque o cultivo de soja, algodão e outros estão em áreas que antes eram da pecuária, atividade menos rentável atualmente.
No Matopiba, porém, a situação seria diferente, já que as áreas de cultivos são onde estava o Cerrado, segundo detalhou a reportagem.
O estudo sugere o fortalecimento das regras de contenção para reduzir o desmatamento do Cerrado.

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