Os três poderes da maconha contra a dor

A dor costuma ser uma sensação muito desagradável, ameaçante como o indício de uma doença, e, portanto, nos dá medo.Temos o melhor aliado contra este medo: a maconha, uma planta com três poderes que justificam, por si mesmos, os bons resultados que oferecem sua utilização medicinal para combater a dor.

23/06/14

No caso de dor crônica, além do plano físico, existe o dano psicológico, o desgaste produzido por um combate prolongado - inútil - contra a dor. As consequências deste desgaste, de não dormir bem, não levar uma vida normal, acabam muitas vezes em depressão. E a isso se deve acrescentar uma tendência a sentir que a dor é algo que há que suportar - talvez por uma interpretação subconscientemente estrita da doutrina cristã - e que se queixar demais é mal visto.

Portanto, os tratamentos convencionais para a dor crônica, que melhoram muito lentamente e quase relutantemente, combinam antidepressivos com analgésicos, pelo menos, para obter algum resultado positivo. E ainda assim, os números não são muito bons.

Há mais de vinte anos, o crescente interesse pela maconha medicinal levou a uma séria investigação sobre as possibilidades de diversos tratamentos. Os resultados estão sendo muito positivos, começando pelos pacientes com câncer com graves dores, mas também por todos os tipos de dores neuropáticas, tais como, as causadas pela esclerose múltipla, o HIV e outras patologias. Os pacientes relatam não só a supressão - parcial ou total - da dor, mas uma grande melhoria na sua qualidade de vida.

A maconha guarda um segredo: seus três poderes “mágicos” contra a dor, uma combinação de virtudes que nenhuma outra medicação conhecida possui, e que explicam por que é tão eficaz quando os outros falham.  

(Leia o post em inglês, aqui)