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MARX E HITLER: MAIS PARECIDOS DO QUE VOCÊ IMAGINA

Marx e Hitler
Esse artigo foi reduzido de sua versão original para melhor se adequar à proposta da Academia Liberalismo Econômico.

Vou deixar abaixo duas citações e vou pedir a quem me possa estar a ler que imagine qual delas poderá corresponder a cada um dos autores – Marx e Hitler.
– Primeira citação [1]:
Nós somos socialistas e inimigos do sistema económico capitalista atual, feito para a exploração dos economicamente frágeis – com seus salários injustos, com a sua indecorosa avaliação do ser humano de acordo com a riqueza e a propriedade, em vez da responsabilidade e desempenho. Estamos determinados a destruir este sistema a todo custo.
– Segunda citação [2]:
O que, em si, foi a base da religião judaica? A necessidade prática, o egoísmo.
Se imaginou (previsivelmente) que a primeira citação é de Marx e a segunda de Hitler adianto-lhe que se enganou. Pode depois confirmar as fontes, mas a primeira frase – socialista e anti-capitalista – é de Hitler; e a segunda frase – antissemita – é de Marx.
A ideia deste artigo é demonstrar evidências que: (i) Marx era racista, antissemita, xenófobo e além disso preconizava uma revolução violenta; e que (ii) o nazismo é uma doutrina socialista que combatia o capitalismo e a propriedade privada. Não serão feitas muitas considerações além de expor o que um e outro escreveram pelo próprio punho.
É unânime que o nazismo foi um flagelo à humanidade. O que me impressiona é que o marxismo não mereça hoje a mesma consideração que o nazismo. Ok, é verdade que o comunismo está proibido em alguns países (que sofreram os flagelos da ideologia) mas pelo mundo ocidental o que não faltam são intelectuais marxistas aos quais o seu pensamento não só é permitido mas também incentivado em nome da pluralidade. Depois dos efeitos práticos de 100 milhões de mortos [4] devido ao marxismo, não deveriam ser necessárias mais explicações. Porém, nas redes sociais, o que mais ouvimos é que estas experiências miseráveis e desumanas “deturparam Marx”. Vamos ver, pelo próprio punho de Marx, que não houve qualquer deturpação – o que estava a ser proposto pelo próprio era um holocausto!
O antissemitismo não é exclusivo ao nazismo, a ideologia marxista também era antissemita. Ainda na mesma fonte [2] Marx disse:
Qual é a religião mundana do judeu? Trambicagem exploradora. Qual é o seu Deus terreno? Dinheiro.
Era uma perspectiva partilhada por Hitler, personificando o inimigo – capitalismo – nos judeus. As razões encontradas por Hitler para ter como inimigos os judeus não foram a sua escolha religiosa mas o estereótipo da usura e especulação capitalista, que o seu socialismo considerava infame [3, pp.231]:
Seu único objetivo é quebrar as forças de resistência da nação, preparando-a para a escravidão do capitalismo internacional e dos seus senhores, os judeus.
Parecem até produções do mesmo autor… Continuando com Marx [2]:
O dinheiro é o deus ciumento de Israel, em face do qual nenhum outro deus pode existir. […] O deus dos judeus tornou-se secularizado e se tornou o deus do mundo. A letra de câmbio é o deus verdadeiro do judeu. Seu deus é apenas uma letra de câmbio ilusória.
Só então poderia o judaísmo alcançar o domínio universal e fazer do homem alienado e da natureza alienada alienáveis, objetos vendáveis submetidos à escravidão da necessidade egoísta e à negociação.
Não terá nem faltado uma “solução final” proposta por Marx [2]:
Uma vez que a sociedade consiga acabar com a essência empírica do judaísmo – usura e suas pré-condições – o judeu se tornará impossível, […] e sua existência como espécie foi abolida.
Não foi algo exclusivo a este documento. O antissemitismo está presente em vários documentos de Marx, e novamente é feita uma insinuação à “solução final” [6]:
E aos judeus […] – o que os lhes está destinado? Que não se espere pela vitória de os atirar de volta para o gueto.
Ainda Marx [7]:
Assim, encontramos todos os tiranos apoiados por um judeu […] Na verdade, as ânsias dos opressores seria impossível, bem como a viabilidade de guerra fora de questão, se não houvesse um exército de jesuítas para abafar o pensamento e um punhado de judeus para saquear os bolsos.
Aqui e ali e em todos os lugares que um pouco de capital corteja investimento, há sempre um destes pequeninos judeus pronto para fazer uma pequena sugestão ou ser credor de um pequeno empréstimo. […] Esta organização judaica de traficantes de empréstimos é tão perigoso para as pessoas como a organização aristocrática dos proprietários […] As fortunas acumuladas por estes traficantes de empréstimos são imensas, mas os erros e sofrimentos impostos sobre as pessoas ainda carece de ser contado. […] Mas é só porque os judeus são tão fortes que é oportuno e conveniente expor e estigmatizar a sua organização.
Os seus sentimentos em relação aos judeus não eram apenas integrados na sua filosofia como também nas suas cartas privadas. Num primeiro momento [9]:
Esta jovem senhora, que imediatamente tomou conta de mim com a sua bondade, é a criatura mais feia que já vi em toda a minha vida, com as características faciais repulsivas dos judeus.
E em um segundo momento – uma carta ao seu amigo Friedrich Engels – em que ao seu antissemitismo, Marx aliava também racismo [10]:
[…] o judeu negro, Lassalle […] ele, como é provado por sua formação craniana e seu cabelo, descende de negros do Egito, assumindo que sua mãe ou avó não se tenham cruzado com um negro. Esta união do judaísmo e germanismo com uma substância básica de negro deve produzir um produto peculiar. A impertinência desse fulano também é própria de um negro.
Aproveitando a introdução a Engels, também ele se assumia racista [11]:
[…] os simplórios nacionais alemães e acumuladores de dinheiro do pântano parlamentar de Frankfurt sempre contaram como alemães os judeus polacos, embora esta seja a mais suja de todas as raças, não pelo seu jargão ou pela sua categoria inferior, mas pela sua ânsia de lucro […]
O racismo era assumido até nas conversas entre Engels e Laura, filha de Marx, sobre o seu próprio marido Paul Lafargue [12]:
Na sua qualidade de negro, está um grau mais próximo ao resto do reino animal do que o resto de nós […]
Engels não só considerava algumas etnias inferiores como desejava abertamente que elas fossem extintas pela violência [11]:
Na história, nada é conseguido sem violência e crueldade implacáveis. […] Em suma, verifica-se que estes “crimes” dos alemães e magiares contra os ditos eslavos estão entre as melhores e mais louváveis ações de os magiares e o nosso povo se podem gabar na sua história.
Em obras conjuntas – Marx e Engels – assumiam a necessidade de implementar o terror para a revolução marxista ocorrer [19]:
Não temos compaixão e não pedimos compaixão de si. Quando a nossa vez chegar, não pediremos desculpa pelo terror.
Voltando a Marx, e a uma carta para o próprio Engels [21]:
Que o diabo leve os movimentos populares, especialmente quando são pacíficos.
Continuando com as suas propostas violentas [22]:
O próprio canibalismo da contra-revolução vai convencer as nações que há apenas uma maneira em que as agonias de morte da velha sociedade e os espasmos de nascimento sangrentos da nova sociedade podem ser encurtados, simplificados e concentrados, e essa maneira é o terrorismo revolucionário.
Ideais como “justiça, liberdade, igualdade e fraternidade” não eram o objectivo do marxismo, algo que Marx não tinha problemas em reconhecer pelo próprio punho [23]. Aqueles que costumam alegar que “deturparam Marx” não conhecem as suas verdadeiras propostas:
[…] toda uma turma de estudantes imaturos e doutores excessivamente sábios que querem dar um toque superior, ideal para o socialismo, ou seja, para substituir a sua fundação materialista através da mitologia moderna, com as suas deusas da Justiça, Liberdade, Igualdade e Fraternidade […]
Depois de tudo isto, imagine aqueles comunistas/socialistas que dizem que “socialismo é amor”… Nesta forma de amor muitas pessoas acabaram em campos de concentração e foram mortos milhões – tudo em nome da revolução. Que as citações supracitadas sirvam para colocar em perspectiva o monopólios das virtudes que os socialistas/comunistas dizem ter.
Na obra de George Watson [26], é referida a inspiração de Hitler em Marx: o primeiro criticava o marxismo em público mas teria-o elogiado, diversas vezes, em privado. O autor refere que Hitler era um orgulhoso proprietário de algumas das publicações revolucionárias originais de Marx e Engels. Estes indícios são circunstanciais mas pelas palavras do próprio (Hitler) podemos encontrar uma enorme aderência ao marxismo (ódio ao capitalismo e sua associação aos judeus), [3, pp.418]:
[…] um objetivo e também conhece a atuação construtora (somente, porém, quando se trata de estabelecer o despotismo do capitalismo internacional judeu).
O ódio de Hitler ao capitalismo transcendia a questão judaica. Em diversos momentos de Mein Kampf isso fica explícito pelo próprio punho [3, pp.264]:
Se a fúria dos aproveitadores internacionais em Versalhes se dirigia contra o antigo exército alemão é que este era o último reduto das nossas liberdades na luta contra o capitalismo internacional.
A crítica de Hitler não perdoava no que concerne à propriedade privado do capital e às normais atividades do capitalismo como a especulação [3, pp.198]:
Anteriormente eu não tinha conseguido ainda distinguir, com a clareza que seria de desejar, a diferença entre o capital considerado como resultado final do trabalho produtivo, e o capital cuja existência repousa exclusivamente na especulação.
Tal como Marx, Hitler também criminalizou a burguesia [3, pp. 39]:
[…] era um instrumento da burguesia para exploração das massas trabalhadoras; a autoridade da lei era simples meio de opressão do proletariado; a escola era instituto de cultura do material escravo e mantenedor da escravidão.
Encerrando as citações, temos um discurso de Hitler que é todo dedicado a explicar o porquê de um socialista ter de ser antissemita [27]:
Como alguém, sendo socialista, poderá não ser antissemita?
Em todos os momentos da história que se o capitalismo foi transformado em inimigo, foram cometidos os maiores crimes contra a humanidade. Deixo, aos leitores, que tirem as suas próprias ilações sobre o exposto. Eu defendo o capitalismo, e o leitor?

[1] Hitler, Adolf (1 de Maio de 1927). Discurso do Dia do Trabalhador.
[2] Marx, Karl (1844). On The Jewish Question. Deutsch-Französische Jahrbücher.
[3] Hitler, Adolf (1925). Mein Kampf. Eher Verlag.
[4] Werth, Nicolas; Panné, Jean-Louis; Paczkowski, Andrzej; Bartosek, Karel; Margolin, Jean-Louis (1999). The Black Book of Communism: Crimes, Terror, Repression. Harvard University Press.
[6] Marx, Karl (17 de Novembro de 1848). Confessions of a Noble Soul. Neue Rheinische Zeitung No. 145.
[7] Marx, Karl (4 de Janeiro de 1856). The Russian Loan. New York Daily Tribune.
[9] Marx, Karl (24 de Março de 1861). Letter to Antoinette Philips.
[10] Marx, Karl (Julho de 1862). Letter to Friedrich Engels.
[11] Engels, Friedrich (29 de Abril de 1849). Neue Rheinische Zeitung.
[12] Engels, Friedrich (Abril de 1887). Letter to Laura Marx.
[19] Marx, Karl; Engels, Friedrich Engels (19 de Maio de 1849). Suppression of the Neue Rheinische Zeitung. Neue Rheinische Zeitung.
[21] Marx, Karl (4 de Fevereiro de 1852). Letter to Friedrich Engels.
[22] Marx, Karl (7 de Novembro de 1848). The Victory of the Counter-Revolution in Vienna. Neue Rheinische Zeitung.
[23] Marx, Karl (19 de Outubro de 1877). Letter to Friedrich Adolph Sorge.
[26] Watson, George (2010). The Lost Literature of Socialism. Lutterworth Press.
[27] Hitler, Adolf (Janeiro de 1968). Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte. (Tradução:Why We Are Antisemites – Speech the Hofbräuhaus)

SOBRE O AUTOR

Português a viver no Brasil. Mestrado em Engenharia Mecânica especializado em manutenção de equipamento industrial. Produção académica com publicações internacionais na área de Finanças/Valuation. Libertário anarcocapitalista.

3 COMMENTS

  1. Repugnante como existem marxistas, eles são criados sem leitura e conhecimento dos fatos, como alguém pode segui-lo sabendo de tudo isso? Quando eu estava na graduação de Ciências Econômicas eu tinha nojo de ler as obras de Marx, pois cada linha que eu lia me sentia mal, sobre o que ele escrevia. A quem ainda defende o socialismo/comunismo, você está ciente do que isso irá proporcionar?

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