exta, 02 Outubro 2015 Trazida por Siqueira em 2012, empresa espanhola tem convênio finalizado por Marcelo, mas será ressarcida pelo governo do Estado
exta, 02 Outubro 2015
Trazida por Siqueira em 2012, empresa espanhola tem convênio finalizado por Marcelo, mas será ressarcida pelo governo do Estado
Agricultura era um dos focos de atuação previstos pela estatal no Tocantins (foto: Juliano Ribeiro/Seagro)
Atraída para atuar no Tocantins em 2012, na gestão Siqueira Campos, a empresa espanhola Tragsa (Empresa de Transformacion Agraria S/A) teve convênio finalizado, de forma consensual, com governo do Estado nesta semana. Assinados pelo governador Marcelo Miranda, os atos que decretam o fim da parceria entre Tocantins, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, e Tragsa foram publicados no Diário Oficial do Estado nos dias 28 e 29 de setembro.
Foto: Cristiano Machado | |
Maio de 2012, em Madrid: Siqueira Campos assinou protocolo de intenções com a empresa Tragsa |
O trabalho referente ao convênio era de desenvolver novas formas de cultivos agrícolas, melhorando a produtividade e o cuidado com o meio ambiente. Conforme a publicação, com o fim do convênio a empresa espanhola vai receber a quantia de R$ 174,8 mil a título de ressarcimento.
O Norte Agropecuário solicitou ao governo do Estado informações como, por exemplo, detalhes do convênio, motivos pelos quais o convênio foi encerrado e a razão da empresa ter recebido o ressarcimento. Até o momento, as informações não foram fornecidas.
Apesar de os convênios finalizados terem sido feitos com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a Tragsa é referência na área do agronegócio. O contato do governo do Estado com a empresa foi em 2012, quando o então governador Siqueira Campos liderou missão internacional à Espanha, em busca de investimentos para o Estado.
Inicialmente, o acordo foi muito produtivo, pois a Tragsa instalou escritório em Palmas, mas o fato de não ter havido consenso sobre a forma do investimento conjunto paralisou o trabalho na área da agricultura nestes últimos anos.
Foto: Secom | |
Palácio Araguaia, fevereiro de 2013: o então governador Siqueira Campos, a então senadora Kátia Abreu e Tragsa firmam parceria |
Conforme apuração do Norte Agropecuário, a empresa não recebeu qualquer centavo do governo em 2013, 2014 e 2015. Em relação a 2012, não foi possível fazer a verificação, por falha no Portal da Transparência do Governo do Estado.
Na área da agricultura, foram assinados dois acordos de cooperação, sendo um com a Tragsa e outro com o Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente.
O Norte Agropecuário apurou ainda que em relação ao acordo com a Tragsa, o desenrolar foi relativamente intenso logo após o retorno da comitiva ao Tocantins. A empresa chegou a instalar um escritório em Palmas. E, na Secretaria Estadual da Agricultura, foram discutidas três ações, das quais inclusive existem documentos formais.
São elas: introdução da raça bovina Retinta no Tocantins; instalação de um Centro de Referência em Tecnologia da Irrigação e Agricultura Sustentável de Baixo Carbono (envolvendo a Unitins e a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins); e elaboração de Pesquisa para determinar a demanda de hortigranjeiros no Tocantins.
IMPASSE
Os projetos, porém, não foram adiante. O motivo foi que Tragsa propôs é que a contribuição financeira seria de 50% para cada uma das partes, com o Estado liberando todos seus recursos de imediato e Tragsa começaria a liberar seus recursos só depois disso. O governo não concordou com esta a forma de liberação e propôs que a liberação fosse equivalente entre as duas partes. Como a empresa não aceitou, os entendimentos foram paralisados.
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