GOVERNO DO TOCANTINS QUER CACHAÇA

Governo e parceiros discutem reativação de cooperativa de produtores de cachaça no sudeste do Estado

Estruturação já teve investimento de cerca de R$ 1,5 milhão em estrutura física e equipamentos que nunca foram utilizados
Da Redação

O governo do Estado e a Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto) reuniram, nessa quarta-feira, 5, representantes de diversas instituições e entidades na primeira reunião técnica para tratar do apoio ao desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) da Cachaça de Alambique da região sudeste do Tocantins. No encontro, realizado na sede da Fieto, em Palmas, o Executivo foi representado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Secretaria do Planejamento e Gestão, Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado Tocantins (Ruraltins) e Banco do Empreendedor.

Foto: Tharson Lopes/Secom Sedetur/5.8.2015
Incentivo dado à cooperativa, por meio do Prodivino  foi de R$ 427 mil para a construção das instalações
A Sedetur, juntamente com a Fieto, está à frente trabalho, que tem como meta garantir o funcionamento da Cooperativa de Produtores de Cachaça Artesanal (Coopercato), cuja estruturação já teve investimento de cerca de R$ 1,5 milhão em estrutura física e equipamentos que nunca foram utilizados. O fato de os produtores não poderem contar com a cooperativa resulta em informalidade. Atualmente, são cerca de 22 pequenos produtores que cultivam a cana de açúcar – geralmente em áreas de 2 a 10 hectares - nos municípios de Novo Alegre, Combinado, Dianópolis, Taguatinga, Porto Nacional e Arraias.

De acordo com o subsecretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, José Carlos Bezerra, a partir deste encontro, o trabalho será voltado à formação de um comitê gestor do projeto e à elaboração de um diagnóstico dos produtores, mostrando também como as entidades parceiras podem contribuir para o desenvolvimento do projeto. “É isso que eles esperam da gente, e o que nós precisamos deles é o compromisso, enquanto produtores, de se alinharem com este direcionamento: de produção limpa, licenciada, empregos formalizados, distribuição de renda, arrecadação de tributos, enfim, se trata de uma atividade comercial como as demais, que precisa se enquadrar e se regularizar”, explicou.

Conforme o presidente da Fieto, Roberto Pires, a instituição busca apoiar os produtores para alavancar a produção. “Já faz parte da cultura do Tocantins a produção de cachaça e rapadura no sudeste. Se trata de agroindústria, de transformação dos insumos que temos no nosso Estado - que é a forma mais rápida de industrializarmos o Tocantins”, avaliou.

Investimento
O presidente do Banco do Empreendedor, Acy Carvalho, lembrou que o início da parceira entre o governo do Estado e o APL Cachaça de Alambique do sudeste do Tocantins teve início em 2005, na gestão de Marcelo Miranda. Na época o incentivo dado à cooperativa, por meio do então Prodivino, foi de R$ 427 mil para a construção das instalações.

Assim, a reunião também serviu para tratar da renegociação de dívidas dos produtores com as instituições bancárias para viabilizar a operação da cooperativa. “Temos total interesse em contribuir com o novo plano de desenvolvimento deste negócio, com disponibilidade, inclusive, para renegociar a dívida antiga; Para isso, é necessário dar legalidade à situação”, esclareceu.

Experiência
Integrantes do Instituto Brasileiro da Cachaça de Alambique (IBCA), os consultores Eduardo Camelo e Antônio Claret Sales participaram da reunião expondo suas experiências no setor, no estado de Minas Gerais. Eduardo apontou o potencial do Tocantins de se tornar referência, em função das características do solo, que garantiriam uma qualidade à cachaça aqui produzida, segundo ele, superior à famosa cachaça mineira. “O que é preciso para isso é tecnologia, simplicidade e dinheiro. O produtor precisa enfrentar o risco, mas com a certeza de que terá resultados positivos”, garantiu.

Proprietário da tradicional Cachaça Bocaina, Antônio Sales expôs o sucesso de sua produção, numa apresentação da estrutura física e de pessoal que garantiram 
Foto: Tharson Lopes/Secom Sedetur/5.8.2015
Reunião também serviu para tratar da renegociação de dívidas dos produtores com os bancos
a ele transformar a cachaça num produto com grande valor agregado.

Além dos órgãos acima citados, o encontro contou com a presença de representantes da Companhia Nacional de Abastecimento no Tocantins (Conab), do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia, do Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sindicato e Organização das Cooperativas no Estado do Tocantins (OCB/TO) e da Superintendência Federal da Agricultura (SFA).


Novos passos
Neste sábado, 8, a Sedetur, Fieto e demais parceiros vão retornar ao sudeste do Estado para se reunirem com os produtores em Taguatinga. Neste encontro, serão definidas as próximas ações a serem tomadas com vistas à ativação da cooperativa.

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