Toffoli e Benedito devem explicações à nação, cobra oposição

Toffoli e Benedito devem explicações à nação, cobra oposição

PF descobriu que ex-presidente da OAS Léo Pinheiro trocava mensagens com ministro do STJ e falava em presente de aniversário para Dias Toffoli, do STF

Por: Marcela Mattos, de Brasília - Atualizado em 
José Antonio Dias Toffoli durante julgamento do mensalão, em 13/09/2012
José Antonio Dias Toffoli: relações com empreiteiro(Nelson Jr./SCO/STF/VEJA)
Parlamentares de oposição cobraram nesta sexta-feira esclarecimentos dos ministros José Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre a relação mantida com o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que passou quase seis meses preso por envolvimento no escândalo do petrolão.
Como mostra reportagem de VEJA desta semana, Gonçalves e o empreiteiro foram flagrados pela Polícia Federal trocando uma série de mensagens telefônicas. Uma delas cita um presente de aniversário de Pinheiro ao ministro Toffoli, que, nesta semana, deu um dos votos que permitiram a libertação do empreiteiro e de outros executivos da cadeia. Gonçalves, que beneficiou a OAS em processo no STJ, ainda comemorou com Pinheiro a reeleição da presidente Dilma Rousseff e fez um pedido especial ao amigo: "Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto". O ministro do STJ era cotado para assumir a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal e direcionou o pedido a um conhecido amigo íntimo do ex-presidente. Lula fez campanha por Gonçalves.
"Tanto Toffoli quanto Benedito devem explicações à nação. Eles têm de explicar ao país essa relação, que coloca em suspeição os julgamentos nas cortes", avalia o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). "As instituições passam a ser suspeitas por causa dessas figuras. Essa relação incestuosa entre os poderes da República se acentuou claramente com Lula e o PT no governo. Eles nomeiam amigos para interferir na própria vida e na independência dos poderes", acrescentou Bueno.
Na avaliação do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), ministros não podem confundir as relações mantidas com empresários e o meio político. "Essas relações devem e têm de ser evitadas para impedir que haja algum tipo de suspeição e a quebra de princípios elementares, que é o da independência entre os poderes e o da isenção nos julgamentos. Em benefício do próprio ministro e em proteção ao sistema Judiciário, essas relações têm de ser transparentes", disse.
Para o deputado pernambucano, está "claro o propósito do PT de aumentar e ampliar suas forças no STF", com o propósito de tentar "impedir a punição dos culpados no petrolão".
Ainda sobre a relação entre empreiteiro e o Judiciário, o deputado pelo PSDB mineiro Marcus Pestana afirmou que "o melhor detergente para a corrupção é a luz do dia". "Em uma democracia, a transparência tem de ser total. Não é possível as pessoas confundirem espaços públicos, privados e partidários", disse. "Ainda bem que o nosso sistema judiciário, composto pela Polícia Federal, o Ministério Público e o poder Judiciário, estão ativos e preservando o interesse público. Que essas relações incestuosas e não-republicanas entre agentes políticos de interesses privados sejam extirpadas da história das instituições brasileiras", afirmou Pestana.

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