Tocantins: "Ficha suja" comanda IGEPREV

Tocantins: "Ficha suja" comanda IGEPREV

Postado por Luiz Carlos Bordoni às 5:52 AM

A moralização da política está, em boa proporção, nas mãos dos partidos. Basta que aceitem a filiação de probos, limpos, honestos e teremos candidatos limpos, probos e honestos. E que tomem o mandato dos que se revelarem desonestos no exercício de suas funções.

Essa flexibilização da moral, com a aceitação em seus clubes de envolvidos em ações ilícitas, resulta nisso que vemos no Congresso: corruptos acusados sendo julgados por corruptos acusadores. Em ambas as bandas, ali não se salva ninguém.

Também de pronto deveria ser o rigor por parte dos governantes, na nomeação de seus auxiliares. Como exemplo, citamos a questão do comando do IGEPREV - Instituto de Gestão Previdenciária.

O IGEPREV é responsável pela concessão de benefícios previdenciários de servidores públicos efetivos do Tocantins, seja aposentadorias ou pensões por morte. Seu presidente é Jacques Silva de Souza, do PMDB, e que foi suplente de senador, por Goiás, ocupando a cadeira titular no último ano do mandato do então titular Iram Saraiva, nomeado para o Tribunal de Contas da União.  

Jacques, depois, esteve pelo TCU, mas voltou para o Norte goiano, hoje Tocantins, terra onde nasceu – é de Filadélfia, divisa com o Maranhão (do outro lado do Rio Tocantins se situa Carolina).

Pois Jacques não é bem vindo ao cargo e já estaria metendo os pés pelas mãos – reclamam previdenciários, a quem não se pode negar o direito de duvidar do gestor escolhido pelo governador Marcelo Miranda.

Há pessoas altamente qualificadas para o posto e que, além disto, apresentam melhores currículos do que o escolhido. O Sr. Jacques Silva tem folha corrida a ser explicada (vide foto ilustração). Muito bem explicada.

Jacques Silva e as suas 

O homem é feito pelos seus atos. Eles o acusam. Soube que o governador só o mantém no cargo por ser indicação de Brasília. Para os previdenciários, por prudência, Marcelo Miranda deveria rever o caso, pois, na Capital da República, há carência de moral tanto em indicados quanto em indicadores. In dubio, pro societate.

Ao político não basta ser honesto. Também precisa parecer sê-lo. Produto em falta, in terra brasilis.