Nem Tyson nem Ali. Número 1 do boxe gostava de carro rosa e era baladeiro
Nem Tyson nem Ali. Número 1 do boxe gostava de carro rosa e era baladeiro
- ReproduçãoSugar Ray Robinson observa a queda de Jimmy Doyle em luta de 1947
Os fãs de boxe o conhecem, mas o pugilista que é considerado o maior de todos os tempos não desfruta do mesmo reconhecimento e prestígio que nomes como Muhammad Ali, Mike Tyson e Rocky Marciano. Presença assídua em festas e famoso por seu Cadillac rosa, Sugar Ray Robinson é uma lenda do boxe, dono de números expressivos e um ídolo incontestável.
Foram 25 anos só como profissional. Ele dominou a categoria meio-médio entre 1946 e 1951, ganhando dos maiores nomes da época. Em seguida, levou seu talento para os médios e conquistou mais cinco títulos. Suas investidas só não deram certo quando se arriscou no meio-pesado.
Os números impressionam. Ray Robinson venceu todas as 85 lutas no amador e sofreu apenas uma derrota nos primeiros 123 combates da carreira. Ao todo, foram 175 triunfos, com 110 nocautes, e 19 derrotas. Muhammad Ali, por exemplo, o classificou assim: "o rei, o mestre, meu ídolo".
A fama nos ringues se arrastou também para fora deles. Sugar Ray Robinson era um baladeiro. Desfilava com seu Cadillac rosa pelas ruas de Nova York e frequentava as melhores boates da época. Levava com ele mulheres, treinadores e até alguns parentes. Gostava de festas e não escondia isso.
Relatos da época estimam que o pugilista acumulou cerca de US$ 4 milhões no boxe e gastou tudo curtindo a vida adoidado. Muitos, inclusive, apontam que ele só prolongou a carreira até os 44 anos para compensar os elevados gastos que tinha. E os gastos venceram suas economias.
Depois de pendurar as luvas, Ray Robinson se mudou para a Califórnia e passou a trabalhar como ator. Não teve o mesmo destaque, mas levava uma vida confortável. Bem diferente de sua infância, quando foi com a mãe e os irmãos para Nova York. Na época, ele ainda era Walker Smith Jr., seu nome de batismo.
O apelido veio por acaso logo na primeira luta como amador. Para subir no ringue, emprestou o cartão de lutador de um rapaz chamado Ray Robinson. E venceu. Seu técnico na oportunidade dizia que ele era "doce como açúcar" (sweet as sugar). Nascia ali Sugar Ray Robinson, o homem que geralmente aparece como número um nas listas dos maiores pugilistas da história.
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