Obama removerá Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo
Obama removerá Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo
A ilha foi incluída na lista de patrocinadores do terrorismo em 1982, quando dava apoio a grupos insurgentes marxistas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta
terça-feira agir rapidamente assim que receber uma recomendação do
Departamento de Estado sobre a remoção de Cuba da lista de países que
patrocinam o terrorismo, um obstáculo que ainda resta para o
restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana.
Faltando poucos dias para uma cúpula das Américas no Panamá, onde Obama
vai ficar cara a cara com o presidente de Cuba, Raúl Castro, ele não
deu nenhum sinal claro sobre suas inclinações ou o prazo para a sua
decisão. Obama ordenou a revisão da lista imediatamente depois de
anunciar um avanço diplomático com Havana em 17 de dezembro.
Em uma entrevista à Reuters no início de março, Obama disse esperar que
os Estados Unidos possam abrir uma embaixada em Cuba pela época da
Cúpula das Américas, de 10 a 11 deste mês, e depois disso autoridades
norte-americanas vêm dizendo que a revisão está sendo acelerada.
Mas a falta de uma decisão até agora sobre a remoção de Cuba da lista
negra do terrorismo – uma firme exigência do governo cubano – levanta
sérias dúvidas sobre se a revisão será concluída a tempo de os EUA darem
novos passos para a normalização das relações antes da cúpula.
"Assim que eu receber uma recomendação, vou estar em condições de agir
quanto a isso", disse Obama em entrevista à Rádio Pública Nacional.
O presidente norte-americano não deu nenhuma indicação sobre os rumos
de seu governo na questão, mas deixou claro que sua decisão não terá
como base se o governo cubano se envolve “em atividades repressivas ou
autoritários em seu próprio país", mas suas atividades atuais “em
matéria de terrorismo”.
Cuba foi incluída na lista de patrocinadores do terrorismo em 1982,
quando dava apoio a grupos insurgentes marxistas. Atualmente, o país
auxilia o processo de paz entre a guerrilha esquerdista Farc e o governo
da Colômbia.
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