Policiais civis vão entregar armas, coletes e equipamentos na 2ª, mas avisam que não poderão mais garantir 30% dos serviços

Policiais civis vão entregar armas, coletes e equipamentos na 2ª, mas avisam que não poderão mais garantir 30% dos serviçosCleber Toledo

Da Redação

Os policiais civis em greve há 18 dias decidiram que vão entregar armas e coletes e devolver viaturas e demais objetos do Estado, em solenidade na porta da Secretaria de Segurança Pública, na segunda-feira, 16, às 9 horas. Contudo, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Moisemar Marinho, afirmou ao CT que, com isso, a categoria não poderá mais garantir os 30% de serviços em funcionamento - como determina a legislação. "Não existe segurança pública com policial desarmado”, justificou.

Foto: Divulgação
Moisemar Marinho: "Não arredamos o pé enquanto o governo não apresentar proposta"
A devolução do equipamento foi decidido no início da noite deste sábado, 14, em reunião na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), e atende portaria conjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Secretaria de Estado da Defesa e Proteção Social (Sedeps). O documento foi assinado nessa sexta-feira, 13, e determina que os policiais "deponham suas armas num prazo máximo de 24 horas, a fim de resguardar a segurança da sociedade como um todo".

Segundo o Sinpol, são, ao todo, 1,7 mil armas, além de munições, coletes, entre outros objetos. Para o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, a decisão mostra que o movimento de greve se fortalecerá. "Se estamos entregando as armas, não há outra razão que não seja reforçar o movimento”, disse.

Por outro lado, Marinho afirmou que o comando de greve segue com a disposição de dialogar com o governo, mesmo diante das ameaças e medidas intimidatórias. “Estamos, mais uma vez, abrindo mão, cedendo em busca do diálogo. Estamos fazendo nossa parte e esperamos que o governo faça a dele, ou seja, negociar para por fim a este impasse”, disse.

Sem intervenção
Marinho avisou que a decisão de entregar armas e equipamentos não tem nenhuma relação com a possível intervenção da Polícia Militar na CCCP para que as famílias possam visitar os presos. “Não aceitaremos a intervenção, só vamos entregar as armas na segunda, agora estamos armados”, ressaltou.

No final da tarde, o presidente do Sinpol disse que 300 policiais estão na CCCP e vão resistir se a PM tentar intervir no presídio. “Mantemos esta posição. Não arredamos o pé daqui enquanto o governo não apresentar proposta para a categoria”, reafirmou Marinho já na noite deste sábado. (Com informações da Ascom do Sinpol) 

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