PM pode intervir na CCCP contra policiais civis; Sinpol avisa que presídio tem 300 homens prontos para resistir à ação

PM pode intervir na CCCP contra policiais civis; Sinpol avisa que presídio tem 300 homens prontos para resistir à ação

Categoria em greve não quer permitir que a visita de familiares a presos enquanto governo não apresentar proposta

Cleber Toledo

Da Redação

Policiais militares poderão fazer uma intervenção na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), mas o governo não dá detalhes dessa possível ação. Reunião encerrada por volta das 17 horas entre as principais autoridades de segurança pública do Estado concluiu que as mais diversas instituições tentaram sem sucesso uma negociação com policiais civis em greve, que não aceitam a intervenção da PM para garantir a visita de familiares aos presos. Conforme a ata da reunião, as diversas autoridades e instituições presentes à reunião desta tarde concordam que “qualquer fato que ocorra daqui por diante é responsabilidade exclusiva dos policiais civis que estão ocupando o estabelecimento”.

Foto: Divulgação
Sinpol: 300 policiais civis estão na CCCP e só saem quando governo negociar com a categoria


Ficou definido nessa reunião que as diversas entidades presentes produzirão documentos, como termos de declarações das famílias dos presos, dos próprios policiais civis, entre outros, “no sentido de postular um conjunto incontestável para o oferecimento" de denúncia criminal contra os líderes do movimento na CCCP.

Conforme a ata da reunião, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Raimundo Bonfim Azevedo Coelho defendeu a necessidade de "dialogar e amadurecer ao máximo estratégias de negociação para evitar (…) uma intervenção por parte da PM, uma vez que isso poderia ocasionar uma tragédia”.

O promotor André Ramos Varanda relatou ao grupo que esteve na CPPP "e tentou conversar com os líderes do movimento, porém, foram hostis e se mostraram irredutíveis”.

A ata é assinada pelo delegado geral da Polícia Civil, Roger Knewitz, pelo procurador-geral do Estado, Sérgio do Vale, pelo secretário-chefe da Casa Militar, coronel Raimundo Bonfim Azevedo Coelho, pela secretária estadual de Defesa Social, Gleidy Braga Ribeiro, pela representante do Centro de Direitos Humanos, Sílvia Patrícia Costa, pelo defensor público Danilo Frasseto Michelini, pela representante da Comissão Penitenciária da OAB-TO, Ester Nogueira, e da Comissão de Direitos Humanos da OAB-TO, Nayara Gallieta Borges, pelo defensor público Daniel Felício Ferreira, pelo secretário-geral de Governo, Herbert Brito Barros, pelo comandante-geral da PM, coronel, Glauber de Oliveira Santos, pelo chefe do Estado Maior da PM, Edvan de Jesus Silva, pelo secretário estadual de Comunicação, Rogério Silva, pelo promotor André Ramos Varanda, pelo representante da OAB-TO, Marcelo Wallace, e pelo presidente do Conselho da Comunidade de Execução Penal de Palmas, Geraldo Divino Cabral.

Vão resistir
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), Moisemar Marinho, avisou que, se a PM tentar intervir na CCCP, os policiais civis que estão no presídio vão resistir. “Estamos aqui com 300 policiais e, se houver intervenção, vamos resistir. Só saímos daqui quando o governo apresentar uma proposta para a categoria”, afirmou Moisemar.

Ele afirmou que “é lamentável” que um governo que “construiu uma imagem de democrático” tente jogar uma força policial contra a outra. Moisemar contou que a PM chegou a se aproximar da CCCP pela manhã, mas recuou. “Não temos nada contra a PM e os policiais militares sabem o que estamos enfrentando porque já passaram por isso”, disse o sindicalista, em referência à greve de 2001 dos colegas militares. “Até por isso, a PM está colaborando com a gente.”

Sobre a possível responsabilização criminal dos líderes do movimento, Moisemar disse que o jurídico do sindicato está avaliando a questão.

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