MARCELO MIRANDA CONTRA TODOS

Nova proposta será apresentada aos servidores da saúde na terça-feira, mas com base na capacidade financeira do Estado

Presidentes do Sintras e Seet não estão otimistas e criticam postura do Executivo
Da Redação
O secretário da Administração e presidente da Comissão de Análise de Impacto de Pessoal do Estado, Geferson Barros, garantiu na reunião com os sindicatos representantes dos servidores da saúde nesta segunda-feira, 30, que irá apresentar resposta à contraproposta da categoria nesta terça-feira, 31. O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Mourão (PT), responsável pela organização do encontro desta manhã, também participou da discussão.

Na reunião, Geferson de Oliveira frisou que o impacto efetivo das dívidas deixadas pelo governo anterior com os servidores da saúde é de R$ 116 milhões e destacou a responsabilidade da atual gestão. “O Estado não discute se é justa a pauta de reivindicações, mas a incapacidade financeira. Este governo não age irresponsavelmente”, disse o secretário da Administração, apontando que a nova proposta levará em conta as condições financeiras e orçamentárias.

Foto: Divulgação/Secretaria de Comunicação/30.03.2015
Secretário da Administração (centro) e Paulo Mourão (de branco) representaram o governo

De acordo com o Executivo, desde o início das discussões com todas as categorias foi apresentada a situação delicada das finanças públicas e as medidas adotadas por determinação do governador Marcelo Miranda (PMDB). As negociações com os representantes dos servidores da saúde beneficiam cerca de 6 mil servidores e terão impacto de R$ 66 milhões, conforme permite a capacidade financeira do Estado.

Os representantes do Executivo apontam que a gestão busca se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com relação aos limites de gastos com pessoal, além de buscar a solução para os problemas herdados na área de saúde, mantendo, assim, a prestação de serviços contínua nos hospitais públicos.

“Empurrando com a barriga”
Manoel Miranda, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras), não aprovou a nova reunião com o Estado realizada na manhã desta segunda-feira, 30. Para o representante, o governo está “empurrando os servidores com a barriga”. “Não querem fazer proposta. No nosso entendimento já poderiam ter apresentado algo”, acrescentou.

O líder sindical também criticou a postura da administração ao disponibilizar apenas o presidente da Comissão de Análise de Impacto de Pessoal para conversar com os sindicatos. Para Manoel Miranda, é necessária a presença de todos os membros para que o diálogo avance. “Está na hora do governo do Estado ter iniciativa e tratar a categoria com respeito. “Não veio secretário do Planejamento, não veio procurador geral e não veio o secretário da Fazenda. Isso é enrolação”, afirmou.

O presidente informou ainda que nova assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins nesta segunda-feira, 30, às 18 horas, irá definir a continuidade da paralisação da categoria.

Sem otimismo
O representante dos profissionais de enfermagem do Tocantins, Claudean Pereira, disse “não estar otimista” com a nova proposta que será apresentada pelo governo. “A categoria é incisiva na inclusão da progressão e é nisto que o governo está resistente, alegando dificuldade financeira, se apegando à Lei de Responsabilidade Fiscal”, argumentou.

Claudean Pereira demonstrou preocupação com os servidores que adiantaram o retroativo de progressões e adicional noturno nos bancos, mas sem o pagamento por parte do Estado, os profissionais terão os vencimentos descontados pela instituição financeira.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Seet) afirmou que a categoria pode decidir por manter o movimento de paralisação em assembleia nesta segunda-feira, 30, às 18 horas. “A reunião não apresentou nada de novo. Isto é uma advertência ao governo. Nós vamos propor a continuação do movimento”, disse Claudean Pereira, que concluiu: “Espero que a categoria permaneça coesa e que a população entenda que estamos fazendo a defesa do SUS [Sistema Único de Saúde], para que a população tocantinense tenha um bom atendimento”.

Confiante
O Sindicato dos Cirurgiões Dentistas do Tocantins (Sicideto) destoou do posicionamento do Seet e Sintras e mesmo não tendo participado da reunião desta segunda-feira, 30, está otimista com nova proposta do governo. “Estou confiante de que vamos conseguir chegar ao acordo, porque agora o governo começou a apresentar números reais. Desta forma fica mais fácil para negociar com a categoria, ao mostrar a situação real do Estado”, disse o presidente da entidade, Ricardo Martinez.

O líder sindical disse que tem conversado com cirurgiões dentistas e percebeu inclinação da categoria para aceitar a proposta “meio termo” do governo. Ricardo Martinez afirmou que os demais sindicatos que negociam com o Estado são mais “radicais”, mas pondera que o Sicideto está apoiando o movimento paredista.
Por fim, Ricardo Martinez destaca que os cirurgiões dentistas aguardam posição do Executivo para deliberar posição em assembleia marcada para quinta-feira, 2, na sede do Sicideto, as 8 horas.

O Sindicato dos Médicos (Simed) e dos Farmacêuticos (Sindifato) também negociam com o governo do Estado, mas as respectivas presidentes, Janice Painkow e Leia Ayres, não atenderam as ligações doCT.
 

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