EUA e mais 6 países vão impor novas sanções à Rússia após ações na Ucrânia
EUA e mais 6 países vão impor novas sanções à Rússia após ações na Ucrânia
O G7, grupo que reúne os países mais industrializados, acertou a imposição de novas sanções contra a Rússia devido à crise na Ucrânia, informou neste sábado (26) um comunicado conjunto, enquanto um alto funcionário revelava que as medidas entrarão em vigor na segunda-feira (28). O G7 é composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá.
A iniciativa é uma medida punitiva a esforços militares da Rússia na região leste da Ucrânia, atual bastião separatista do país.
"Acabamos de acertar a imposição, rapidamente, de sanções suplementares contra a Rússia", destaca o comunicado divulgado em Seul.
Crise na Ucrânia
Crise na Ucrânia
À época, ao menos 21 cidadãos russos e ucranianos entraram na lista de punições da União Europeia, e outros 11, também de ambas as nacionalidades, foram punidos pelos EUA (incluindo dois assessores diretos do presidente Vladimir Putin). Entre as punição estavam o congelamento de bens e o veto a vistos para essas pessoas.
Desta vez, a informação nova que chega através das fontes da Reuters é a de que os EUA pretendem punir, também, aliados políticos de Putin. Os americanos também pretendem impor sanções a entidades.
Ainda segundo essas fontes, países europeus deverão listar 15 cidadãos russos não identificados anteriormente para serem alvos de sanções e que focará sobre aqueles que acredita serem os responsáveis pela instabilidade na Ucrânia.
As fontes disseram que a única coisa que pode impedir que a UE e os EUA avancem com a imposição de sanções na segunda-feira (28) seria uma reversão súbita do que eles dizem ser movimentos separatistas apoiados pelos russos no leste da Ucrânia.
O presidente Barack Obama, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, chegaram a comentar, mais cedo, a possível adoção de "novas sanções da comunidade internacional contra a Rússia", segundo comunicado do governo francês, apelando para que Moscou se abstenha de "declarações provocativas ou manobras de intimidação".
Merkel anunciou após encontro com o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em Berlim, que os ministros do Exterior da União Europeia devem se encontrar "o mais rápido possível" para discutir novas sanções.
Além disso, ela disse ter avisado por telefone ao presidente russo, Vladimir Putin, que "sente falta de uma dedicação da Rússia em relação ao processo de Genebra". Ela afirmou que Moscou ainda não usou sua influência para "trazer os separatistas a uma via pacífica".
Caso adotem essas novas sanções, adicionais ao pacote de punições já imposto em março, os EUA e a União Europeia terão aplicado as mais abrangentes sanções à Rússia desde o fim da Guerra Fria (1947-1953).
Situação se agrava na Ucrânia
A informação de que o Ocidente prepara novas sanções contra a Rússia chega em um momento em que a tensão cresce em torno da crise na Ucrânia após separatistas pró-Rússia terem retido nesta sexta-feira (25) observadores da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) acusando um membro do grupo de ser espião.
Desconhecidos pararam o ônibus com sete observadores militares da OSCE nas proximidades da cidade de Slaviansk, detendo-os no edifício dos serviços de segurança local, tomado pelos insurgentes, segundo o Ministério do Interior ucraniano. Entre os passageiros estavam também cinco soldados ucranianos.
Os rebeldes reivindicaram falar com "autoridades competentes da Federação Russa", afirmou o Ministério do Interior. O líder da milícia em Slaviansk, Vyacheslav Ponomarev, acusou um ocupante do ônibus de trabalhar para as forças ucranianas e de ser um "espião".
Slaviansk é controlada há dias por milícias pró-Rússia. O Exército ucraniano fechou nesta sexta-feira os acessos à cidade, para impedir que mais milicianos separatistas entrem no lugar. No dia anterior, um ataque das forças ucranianas na cidade provocou cinco mortos entre os insurgentes, segundo Kiev.
O ministério do Exterior alemão afirmou que não estava conseguindo na sexta-feira contato com o grupo de observadores militares da OCDE em missão em Slaviansk, que está sob liderança alemã e é integrado, segundo Berlim, por três soldados alemães, um tradutor alemão e observadores militares de República Tcheca, Polônia, Suécia e Dinamarca.
Slaviansk é uma das dez cidades no leste da Ucrânia ocupadas há semanas por milícias pró-russas, que ocupam delegacias e prédios administrativos. O governo de Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de apoiar os rebeldes com unidades especiais, para preparar uma anexação da região, como ocorreu com a península da Crimeia. Moscou nega e afirma que os homens armados são residentes locais que protestam contra o governo em Kiev.
Durante conferência telefônica, os chefes de Estado e de governo de EUA, Alemanha, França, Reino Unido e Itália cogitaram lançar novas medidas punitivas contra Moscou. (Com agências internacionais)
Comentários
Postar um comentário
TODOS OS COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS.MAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ESCREVE!