Juiz da Lava Jato divulgou 'por erro' depoimento envolvendo deputado

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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, divulgou por "erro" um depoimento do doleiro Alberto Youssefenvolvendo um deputado federal do PP no esquema de propinas na Petrobras e retirou dos autos do inquérito o depoimento na noite de quinta-feira (12).
O depoimento que tratava desse parlamentar estava sob sigilo em Brasília, no STF (Supremo Tribunal Federal).
No fim do ano, por ordem do ministro Teori Zavascki, foi enviada à primeira instância da Justiça Federal de Curitiba a íntegra dos depoimentos que, segundo análise da PGR (Procuradoria-Geral da República) e do STF, não tratavam de autoridades com foro privilegiado no Supremo.
Após uma análise do material, Moro divulgou ontem um pacote de 63depoimentos de Youssef e do ex-diretor Paulo Roberto Costa, mas ressaltou que se tratava de documentos que não citavam autoridades com foro privilegiado.
Posteriormente, porém, admitiu que por um "erro" foi disponibilizado depoimento envolvendo um deputado federal, cuja competência para investigação é do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os trechos das delações citando autoridades com foro privilegiado ainda não foram divulgados e estão sob análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em seu despacho determinando a retirada do depoimento, Moro afirmou: "Observo que, por lapso, foi disponibilizado, entre os depoimentos enviados a este Juízo como sendo de sua competência, um no qual há referência a um parlamentar federal. Então, corrigindo o erro, anote a Secretaria sigilo sobre o referido documento, já que submetido à competência do STF."
DIVULGADO
O teor do depoimento foi publicado no site da Folha. Youssef disse que um deputado federal do PP chamado "Luis Fernando" influenciou a contratação de uma empresa e que ele recebia propina dessa empresa.
O documento não cita o sobrenome do parlamentar. De acordo com a busca da Câmara dos Deputados, o único deputado com esse nome filiado ao PP é Luiz Fernando Faria (MG), reeleito no ano passado. A empresa Fidens, apontada como a beneficiada, também é de Minas Gerais. O depoimento de Youssef, porém, não dá certeza de que se trata dele.
Folha não obteve contato com Faria ou com a empresa para comentarem.
Procurado para explicar por que enviou um depoimento envolvendo autoridade de foro privilegiado à primeira instância, o ministro Teori Zavascki não foi localizado. A assessoria do STF informou que ele não se pronuncia sobre processos. 
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